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Política

Aumenta influência dos militares no governo Lula: descubra as consequências dessa mudança

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Depois de iniciar o novo mandato com o pé esquerdo nas relações com as , Lula voltou a dar espaço para militares em cargos do governo. As informações estão no .

Inicialmente, a nova gestão petista havia decidido reduzir a participação de militares que, aos olhos do governo, tiveram relação com os atos do . Porém, a partir de meados de 2023, a presença voltou a crescer, chegando a 2.760 militares em novembro.

No atual governo, o número — que representa apenas militares da ativa — é somente 6,4% menor do que os 2.938 registrados no mês de dezembro de 2022, último mês de Jair Bolsonaro à frente do Executivo. Ainda relativamente à gestão Bolsonaro, há uma mudança de perfil.

Isso porque Bolsonaro deixou o Palácio do Planalto com 48 militares servindo em cargos mais elevados da administração, quadro que foi reduzido para apenas 29, com Lula, em novembro de 2023.

Nos cargos da administração federal, a presença de militares começou a ganhar destaque durante o curto governo de Michel Temer — movimento que foi impulsionado por Bolsonaro. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), em julho de 2020 havia 6.157 militares no governo. Incluídos neste total havia representantes da reserva e 1.969 contratos temporários a fim de ajudar a reduzir a fila do INSS.

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O início do terceiro mandato de Lula foi marcado pela redução de militares de seus cargos. Esse comportamento do governo petista se manteve até junho de 2023, quando o número atingiu seu patamar mais baixo: apenas 2.557 militares.

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Depois De Esvaziar A Presença Militar No Governo, Lula Voltou A Chamar Militares Para A Administração | Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Porém, depois o crescimento da presença militar no governo foi ininterrupto. Esta retomada, antecedida por uma redução, pode ser explicada, segundo o jornal O Globo, pelo preenchimento de postos ligados diretamente à Presidência — que é o núcleo do governo que mais solicita a presença militar, e onde está o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Depois de esvaziar os militares do governo em função dos atos do 8 de janeiro, Lula voltou a chamar para a administração militares, que servem em áreas estratégicas. Confira:

  • Presidência: 1.110;
  • Ministério da Defesa: 845;
  • Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh): 229;
  • Ministério da Saúde: 196;
  • Comando da Marinha: 59;
  • Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): 57;
  • Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul): 36;
  • Vice-Presidência da República: 25;
  • Advocacia-Geral da União (AGU): 24;
  • Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio): 16.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, os militares estiveram presentes, em maior número, em cargos e setores estratégicos. Já na nova administração petista, a quantidade de militares foi reduzida.

  • Presidência: 1.191 (Bolsonaro), 1.110 (Lula);
  • Saúde: 229 (Bolsonaro), 196 (Lula);
  • Defesa: 850 (Bolsonaro), 845 (Lula);
  • Vice-Presidência: 47 (Bolsonaro), 25 (Lula).

Os dados atualizados são de novembro de 2023.

Fonte: revistaoeste

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