Depois de cumprir mais de uma década em regime fechado e semiaberto, Alexandre Nardoni foi liberado para o regime aberto nesta segunda-feira, 6, conforme autorização da Justiça. Ele estava na cadeia por ter assassinado a filha Isabella, em 2008.
A liberação ocorreu 16 anos depois de sua prisão na Penitenciária II de Tremembé, em são Paulo. José Loureiro Sobrinho, o juiz responsável pela decisão, .
“O sentenciado mantém boa conduta carcerária, possui situação processual definida e cumpriu mais de metade da pena, além de retornar normalmente ao presídio após usufruir das saídas temporárias, sem registrar faltas disciplinares”, destacou o juiz.
Para manter o benefício do regime aberto, Alexandre Nardoni deverá cumprir várias obrigações, como comparecer trimestralmente à Justiça, obter trabalho lícito em 90 dias, permanecer em casa durante a noite e evitar locais inadequados para sua condição.
A progressão foi possível depois que Alexandre Nardoni cumpriu 40% de sua pena, como determina a lei para crimes hediondos cometidos por réus primários. Roberto Podval, advogado de Nardoni, defende a decisão da Justiça. “Se não pensarmos na ideia de reabilitação, a pena terá um efeito perverso”, disse.
Contudo, . O órgão alega preocupações com a reintegração de Alexandre Nardoni à sociedade.
A disputa judicial se intensificará depois de o MP-SP solicitar um novo exame psicológico para Alexandre Nardoni, para verificar se há transtornos de personalidade que poderiam comprometer sua reintegração segura.
Inicialmente, Alexandre Nardoni foi sentenciado a mais de 30 anos de prisão pelo homicídio de Isabella, um caso que repercutiu nacionalmente. A menina, de 5 anos, foi brutalmente assassinada pelo pai e pela madrasta, em 2008.
Nove anos depois da condenação, Alexandre Nardoni progrediu para o regime semiaberto, como parte do processo de ressocialização.
Fonte: revistaoeste