Mato Grosso ocupa o primeiro lugar no ranking de geração de empregos no Centro-Oeste e o segundo do Brasil, em 2023. De acordo com informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), foram 39.145 novos postos de trabalho, de janeiro a setembro deste ano. No primeiro mês de 2023, o estoque era de 850.560, já em setembro o volume subiu para 889.705. O estoque se refere à quantidade de pessoas que estão empregadas formalmente, tanto no setor público quanto no privado.
Os números do Novo Caged também mostram que Mato Grosso tem dados positivos quando se trata de comparar a quantidade de pessoas contratadas com o número de demissões. Em 2023, foram realizadas 485.350 admissões, contra 429.789 demissões. O número de vagas anunciadas pelo Sistema Nacional de Emprego em Mato Grosso (Sine/MT) também demonstram que há espaço no mercado de trabalho, com uma média de três mil vagas por semana no acumulado.
Um dos motivos para que as vagas ofertadas não sejam ocupadas é a falta de capacitação dos trabalhadores.
Com base nessas informações, o Governo do Estado lançou, em abril deste ano, o Programa SER Família Capacita, oferecendo 50 mil vagas para capacitação, preferencialmente, de pessoas em situação de vulnerabilidade social, mas as vagas estão abertas para toda a população de Mato Grosso, em todos os municípios.
“Nossa preocupação é dar a oportunidade para que os mato-grossenses possam estar capacitados para o que o mercado de trabalho oferece e, assim, poderem ter uma profissão e independência financeira, melhorando a vida deles e de seus familiares. Por isso, pensei com tanto carinho em um programa que dê a oportunidade das pessoas que mais precisam de acesso se capacitarem”, disse a primeira-dama Virginia Mendes, idealizadora do Programa SER Família Capacita.
Números do Caged
De acordo com os servidores do Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso – DataHub MT, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Vinicius Bispo e Maxwell da Silva Santos, a situação positiva na geração de empregos em Mato Grosso é um fator valioso para o desenvolvimento social e econômico no estado.
“Reflete diretamente na situação empregatícia de Mato Grosso, porque o nível de empregabilidade do mercado é totalmente dependente do fator recursos humanos capacitados, que é o possibilitador do crescimento econômico, e o aumento nas vagas de emprego é fundamental para que ocorra o pleno emprego dos fatores de produção e consequentemente, melhores condições de vida na sociedade”, relatou Bispo.
Segundo os dados divulgados pelo Novo Caged, em Mato Grosso, o setor que lidera o ranking de admissões, com maior estoque em 2023 é o de Serviços, com 302.740 de estoque, seguido de Comércio, com 238.592; Agropecuária, com 156.600; Indústria, com 140.860; e Construção, com 50.913.
Capacidade técnica
Os dados do Caged apontam que a maioria das novas contratações foi de trabalhadores da produção de bens e serviços industriais como operadores de robôs e equipamentos especiais; movimentação e cargas; embaladores e alimentadores de produção; trabalhadores da construção civil; de acabamento e de ajudante de obras; e condutores de veículos e operadores de equipamentos de elevação e de movimentação de cargas.
A coordenadora do Sine Estadual, Simone Koehler, explicou que um dos principais motivos apontados pelos empregadores para o não preenchimento de vagas ofertadas é a falta de qualificação profissional apropriada à vaga disponível. “É de extrema importância a qualificação e requalificação para que o trabalhador tenha acesso às possibilidades que o mundo do trabalho possa ofertar. Além da falta de qualificação, também temos a falta de elevação de escolaridade e a falta de compreensão do mundo digital”, ressaltou.
Caged
O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) é um mecanismo obrigatório, com fundamento na lei nº 4923/1965 que é usado para analisar a situação da oferta, preenchimento e desligamento de empregados formais a partir da coleta e levantamento de dados no país, por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Todo órgão público e organização internacional que tenha admitido, desligado ou realizado a transferência de colaborador em regime CLT deve informar essas alterações ao MTE.
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Fonte: unicanews