Conteúdo/ODOC – O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, optou por excluir João Arcanjo Ribeiro do processo relacionado à Operação Mantus, deflagrada em 2019, na qual o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro foi inicialmente detido.
O juiz decidiu seguir um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Além disso, agendou a audiência de instrução e julgamento para maio, na qual o genro do ex-bicheiro, Giovanni Zem Rodrigues, figura como réu.
A Operação Mantus, realizada em 29 de maio de 2019 pela GCCO, resultou na prisão de João Arcanjo Ribeiro e outras 31 pessoas em Cuiabá. Durante a operação, foram encontrados R$ 200 mil em dinheiro vivo na residência de João Arcanjo Ribeiro.
As investigações revelaram a existência de duas organizações criminosas envolvidas no jogo do bicho em Mato Grosso, incluindo práticas como sequestro e tortura contra adversários. Uma das organizações, supostamente liderada por João Arcanjo Ribeiro, e a outra liderada pelo empresário Frederico Muller Coutinho, conhecido como “Comendador” e à frente da “ELO”.
Frederico Muller Coutinho também foi preso durante a operação. As investigações apontaram que, em um período de um ano, as duas organizações movimentaram cerca de R$ 20 milhões em contas bancárias, excluindo valores em dinheiro vivo.
As defesas dos réus levantaram várias questões, incluindo quebra de sigilo dedados sem autorização judicial e incompetência do juízo, entre outras. No entanto, todas as solicitações foram negadas pelo magistrado. Ele também negou um pedido da defesa de Giovanni Zem Rodrigues, argumentando que a extração de dados de seus aparelhos eletrônicos seria ilegal, afirmando que a autorização da polícia era restrita aos investigados na operação.
Na decisão, o juiz agendou a audiência de instrução e julgamento para 22 de maio e rejeitou as preliminares levantadas pela defesa, mantendo o andamento do processo.
Fonte: odocumento