Uma criança de 2 anos morreu enquanto aguardava por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Sinop (503 km de Cuiabá), no final da tarde deste sábado (18).
A menina, não identificada, estava em estado grave e esperou por cerca de uma hora até que um leito disponível fosse encontrado.
Em nota, a prefeitura informou que foi buscado a transferência da paciente, através do sistema de regulação [SISREG], para um hospital de referência do Estado. No entanto, foi encontrada uma vaga disponível apenas no município de Cáceres (cerca de 637 km de Sinop).
Apesar disso, a prefeitura informou que enquanto aguardava a transferência, a criança recebeu todo os cuidados cuidados semi-intensivos da equipe multiprofissional que compõe o quadro clínico da UPA. Contudo, o quadro clínico da paciente evoluiu rapidamente e parou de responder aos estímulos.
Não há mais informações sobre o caso.
Ainda de acordo com a prefeitura, não há registros de consultas ou qualquer outro tipo de atendimento médico à paciente na UPA do município, antes do ocorrido.
Segundo caso
Esse é o segundo caso registrado no município em menos de 15 dias. No último dia 8, uma criança de 3 anos, identificada como Manuella Tecchio, morreu após passar por atendimento na UPA do município.
Conforme o delegado Ugo Mendonça da Polícia Civil de Sinop e responsável pelas investigações, há indícios de que, na morte da garota, houve falha médica.
Segundo Lucas Pootz, pai de Manuella, a filha apresentava sintomas de gripe e começou com um quadro de febre leve na sexta-feira (3). Entretanto, na segunda-feira (6), os sintomas evoluíram para uma uma tosse alérgica. Como a filha não melhorou, ele e a esposa decidiram levar a menina na UPA de Sinop. No dia em que deu entrada na unidade, apenas um expectorante para tosse alérgica foi passado pela médica que atendeu a criança, mandando-a para casa logo em seguida.
Segundo Lucas, sua esposa, Hevellen Tecchio, chegou a avisar que havia escutado um chiado no peito da filha, mas a médica que realizou o atendimento disse que “estava tudo bem”.
Contudo, como Manuella não apresentou melhora, os pais voltaram com ela na emergência na noite de terça-feira (7).
“Eles viram que o pulmão dela não estava normal, pediram um raio X de imediato e viu que o pulmão dela estava completamente comprometido. Eles entraram em uma sala que a gente não teve mais acesso, fizeram procedimentos que a gente não sabe qual. Depois só entregaram ela morta pra nós”, disse o pai.
Poucas horas depois de dar entrada na UPA, já na madrugada do dia 8 de Março, Manuella acabou falecendo – fato que gerou revolta dos pais e familiares da garota. Entre eles, o tio da garota – o apresentador de TV, Wésllen Tecchio, da TV Vila Real (Record Cuiabá).
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Fonte: unicanews
