Sophia @princesinhamt
Notícias

Delegado e investigadores da PC são afastados por proteger traficantes

2024 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Conteúdo/ODOC – O juiz Moacir Rogério Tortato, da 3ª Vara Criminal de Várzea Grande, condenou os investigadores de Polícia Civil Glaucia Cristina Moura Alt, Claudio Roberto da Costa, Leonel de Arruda e George Fontoura Filgueiras em uma ação penal oriunda da Operação  Abadom.

Glaucia é viúva do delegado  João Bosco de Barros, que também respondia a ação, mas teve a punibilidade extinta após seu falecimento, em maio deste ano.

A Operação Abadom foi deflagrada em junho de 2013, quando houve a prisão do delegado e da investigadora, acusados de dar proteção a uma quadrilha de tráfico de drogas comandada pelo Marco da Silva, o “Nenem”,  e serem beneficiados financeiramente por isso. Os demais  policiais foram indiciados durante as investigações.

Glaucia foi sentenciada a cinco anos e oito meses de prisão, em regime inicial semiaberto, por ao tráfico, corrupção passiva e concurso material.

Já Claudio Roberto, Leonel Constantino e George Fontoura foram condenados a nove anos, em regime inicial fechado,  pelos crime de extorsão mediante sequestro. Na decisão, o juiz ainda determinou a do cargo público dos quatro investigadores.

“No mais, de acordo com o art. 92, inciso I, “a”, do Código Penal, ante a pena aplicada, impõe-se a perda dos cargos públicos de Glaucia Cristina Moura Alt, Claudio Roberto da Costa, Leonel Constantino de Arruda e George Fontoura Filgueiras, tendo em vista a utilização de suas funções para beneficiar-se e também a terceiros na prática delitiva, permanecendo inertes quando tinha o dever de agir para cessar a prática criminosa”, escreveu o magistrado.

“O que revela o menoscabo à função desempenhada e incompatibilidade do senso ético e da conduta para com a função pública, sendo certo que a permanência destes nos cargos acarretará total descrédito do serviço público, devendo-se comunicar imediatamente o respectivo órgão empregador para ciência, bem como para cumprimento após o trânsito em julgado”, acrescentou.

A operação

A operação desarticulou uma quadrilha acusada de compram drogas mais barata na região da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia para vender a outros traficantes na Grande Cuiabá.

As investigações iniciaram com a prisão em flagrante de uma pessoa, na rodoviária de Várzea Grande, com entorpecentes.

Na época, a delegada Alana Cardoso, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE), afirmou que os policiais não eram alvos das investigações, e que  a descoberta da participação deles foi um “incidente”.

De acordo com Alana Cardoso, durante as investigações contra a quadrilha, foi descoberto que os policiais  liberaram os suspeitos e drogas apreendidas em duas oportunidades. “Eles se tornaram parte do grupo, uma vez que asseguraram proteção e, também, dificultaram a investigação por parte da Delegacia de Repressão a Entorpecentes. Eles acabaram recebendo vantagem indevida”, declarou a delegada

Fonte: odocumento

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.