O prisioneiro norte-americano Keith LaMar, condenado à pena de morte há mais de 30 anos, teve sua execução, prevista para 16 de novembro, adiada para janeiro de 2027. Na quinta-feira 13, autoridades dos Estados Unidos divulgaram o motivo: falta de injeções letais.
De acordo com o governador de Ohio, Mike DeWine, a mudança de data é causada por “problemas de vontade dos fornecedores farmacêuticos para fornecer drogas ao Departamento de Reabilitação e Correção de Ohio”.
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Nos últimos anos, um número crescente de empresas farmacêuticas têm se recusado a fabricar medicamentos utilizados na injeção letal administrada nos condenados.
Por causa disso, desde 2018, o Estado não realizou nenhuma execução — todas foram adiadas para os anos seguintes.
Quem é Keith LaMar, preso no corredor da morte
LaMar, de 54 anos de idade, foi inicialmente condenado aos 19 anos pelo homicídio de um velho amigo. Isso ocorreu na década de 1980.
Em 1993, ainda no sistema prisional, LaMar foi condenado à pena de morte pelo homicídio de cinco detentos e de um agente penitenciário durante um motim, em abril de 1993.
Segundo o criminoso, seu julgamento esteve repleto de irregularidades, como destruição de provas e ocultação de informações que o inocentam. De lá para cá, o preso passa seus dias no corredor da morte.
O que fazem aquelas empresas do setor farmacêutico?
Desde 2018, empresas do setor farmacêutico tentam se livrar da produção de medicamentos utilizados para injeções letais. Por diversas vezes a indústria aciona a Justiça dos Estados para tentar impedir o uso de seus produtos para o cumprimento de sentenças de morte.
As companhias impuseram limites rigorosos para a compra de medicamentos que podem ser usados como injeções letais. Em alguns casos, as empresas deixaram de fabricar as drogas.
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Os que defendem a pena capital acusam as empresas de forçarem os Estados a utilizar outras opções para o cumprimento da pena e de usar a Justiça como uma maneira de parar com as execuções — ou, pelo menos, retardá-las até os medicamentos perderem validade.
Fonte: revistaoeste