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Oposição na Venezuela prevê fim iminente do governo Maduro

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A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou neste domingo, 20, que o governo do ditador Nicolás Maduro está próximo do fim. Segundo ela, a coalizão opositora se fortaleceu depois das últimas eleições e está mais focada do que nunca na busca por mudanças.

“Vamos tirar Maduro do cargo”, declarou durante sua participação no congresso do partido Voluntad Popular, realizado em Madrid, onde ela está exilada. As informações são do El Diario NY.

Machado conclamou a oposição a concentrar esforços na data de 10 de janeiro, quando esperam que Edmundo González Urrutia assuma a presidência da Venezuela, conforme reportado pela agência EFE. A oposição o considera o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho.

A data de 10 de janeiro de 2025 foi citada porque é o dia que a Constituição estabelece para a posse do presidente eleito.

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Embora o Conselho Nacional Eleitoral tenha anunciado a suposta vitória de Maduro, até agora não foram apresentadas evidências que comprovem isso, observa o El Diario. A oposição insiste que González ganhou e publicou as atas que coletou no dia das eleições.

“O dia 10 de janeiro é fundamental, e precisamos direcionar todas as nossas forças para essa data”, disse a líder, ao afirmar que o regime de Maduro está mais isolado do que nunca. Ela também enfatizou que não há retorno no caminho para a mudança e reafirmou seu compromisso de seguir adiante.

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Leopoldo López, que lidera o Voluntad Popular, respondeu às declarações de Machado a partir de Madrid. Ele disse que seu partido não permitirá divisões internas e que os resultados do dia 28 de julho devem ser respeitados antes de quaisquer novas eleições.

“Maduro não conseguirá evitar essa data, nem o dia 10 de janeiro”, declarou com convicção.

Edmundo González, candidato da coalizão opositora, também enviou uma mensagem gravada. Nela, destacou a importância da união entre as forças democráticas para garantir que a vontade do povo venezuelano, conforme ressalta, expressa nas urnas há quase três meses, seja respeitada.

Espaço de encontro fora da Venezuela

González é alvo de um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça venezuelana. Ele foi, no mínimo, o terceiro opositor de peso do regime de Maduro a sair da Venezuela em busca de asilo político. Ele se mudou para a Espanha em setembro último.

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Machado ressaltou que a comunidade internacional reconhece o caráter autoritário do ditador Maduro. Ela destacou, como um ponto positivo, que foi alcançada uma união entre diferentes setores da sociedade venezuelana. Dentro e fora do país. “Conseguimos unir esquerda e direita, ricos e pobres, para lutar contra a ditadura”, acrescentou.

O congresso reuniu membros do de mais de 23 países. Funcionou como um espaço de encontro para a oposição venezuelana. Os opositores continuam com as manifestações a partir de outros países, por estarem exilados pela ditadura.

“Nós não nos renderemos”, garantiu Leopoldo López, que, depois de ficar preso por três anos, 2014 a 2017, permaneceu sob prisão domiciliar, até, que, em 2017, se refugiou na Embaixada da Espanha. Lá, ficou por cerca de dois anos, até fugir da Venezuela, em 2020. Atualmente também mora em Madrid.

Fonte: revistaoeste

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