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Israel se desculpa por ataque fatal a trabalhadores humanitários: Presidente pede perdão

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O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-general Herzi Halevi, se pronunciou sobre a ação que ocasionou a morte de sete trabalhadores humanitários da Cozinha Central Mundial (WCK). Os funcionários estavam em um veículo quando um ataque aéreo os atingiu, na última terça-feira, 2, na Faixa de Gaza

“A Cozinha Central Mundial é uma organização cujas pessoas atuam em todo o mundo, inclusive em Israel, para fazer boas ações em lugares complexos”, disse Halevi, em pronunciamento oficial. “As FDI trabalham em estreita colaboração com a instituição e aprecia muito o seu importante trabalho”, declarou.

O tenente-general disse que ele e sua equipe já concluíram uma investigação preliminar sobre o assunto. “Quero afirmar claramente que não houve ataque deliberado contra os trabalhadores humanitários da organização WCK”, afirmou o chefe das FDI.

Segundo ele, o grave incidente foi o resultado de uma “identificação errada em condições complexas, em meio a uma guerra”. A atuação da força aérea israelense ocorreu durante a noite. “Essa tragédia não deveria ter acontecido”, lamentou.

Halevi disse que visitou o novo quartel-general humanitário erguido para “melhorar a forma como Israel distribui a ajuda em Gaza”. “Continuaremos a agir para proteger as organizações internacionais que distribuem ajuda humanitária.” Ainda em seu discurso, o chefe admitiu que ataque foi “um erro grave”.

“Lamentamos por prejudicar involuntariamente os trabalhadores da WCK e compartilhamos a tristeza de suas famílias, bem como a tristeza de toda a entidade voluntária, do fundo de nossos corações”, disse Halevi.

O general garantiu que a conclusão das investigações ocorrerá o mais breve possível e que o governo vai compartilhar os resultados “com total transparência”. “Aprenderemos com isso e vamos implementar as lições imediatamente.”

Reino Unido pede explicações

Entre os mortos no ataque aéreo das FDI havia três cidadãos britânicos. Com isso, o ministro britânico para o Desenvolvimento e África, Andrew Mitchell, convocou a embaixadora de Israel em Londres, Tzipi Hotovely, para explicar o incidente.

Mitchell exigiu uma investigação rápida e transparente, que também seja compartilhada com a comunidade internacional e resulte em uma total prestação de contas.

Israel se desculpa

Na terça-feira, o presidente de Israel, Isaac Herzog, usou sua conta oficial Twitter/X para pedir desculpa pelo resultado do ataque aéreo. O chefe de Estado enviou condolências às famílias das vítimas e ligou para o fundador da WCK, o chef espanhol José Andrés. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que, apesar de Israel lamentar o ataque, o incidente pode acontecer “em uma guerra”.

Fonte: revistaoeste

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