A Assembleia da Resistência Cubana (ARC) anunciou a entrega do Prêmio Liberdade Pedro Luis Boitel a 137 mulheres, que são presas políticas cubanas, na terça-feira 29. Realizada na Ucrânia, a homenagem reúne organizações opositoras internas e externas de Cuba em defesa de perseguidos por regimes totalitários.
O anúncio foi feito em Kiev, na Ucrânia, onde uma delegação da ARC e da Frente Hemisférica pela Liberdade se encontra para manifestar solidariedade à Ucrânia. As duas entidades condenam a participação de militares cubanos, conhecidos como boinas negras, na invasão russa do país do leste europeu.
Segundo um comunicado da ARC, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento da Ucrânia, Alexander Merezhko, e o deputado ucraniano Maryan Zablotsky participaram no anúncio dos homenageados do Prêmio Boitel.
“Apoiamos os presos políticos em Cuba, especialmente as mulheres presas políticas”, declarou Merezhko. “Estamos felizes que neste ano o Prêmio Boitel seja atribuído às mulheres presas políticas em Cuba. Admiramos sua coragem e exigimos sua libertação”
Zablotsky disse que os ucranianos sabem o que é o comunismo, que, segundo ele, é uma “ideologia que não deveria existir”. O deputado lamentou que ela ainda perdure em Cuba e em outras nações.
O deputado salvadorenho Ricardo Godoy e o coordenador da ARC, Orlando Gutiérrez Boronat, também estavam presentes no anúncio que ressalta a defesa do povo ucraniano diante da agressão russa.
Gutiérrez Boronat afirma que a luta ucraniana deve ser um símbolo de inspiração para Cuba. “É nesta aliança entre o povo e as Forças Armadas patrióticas que está a esperança da libertação de Cuba”, afirmou ele.
Sobre o Prêmio Boitel
Firmado no ano de 2001, o Prêmio Boitel é entregue todos os anos em painéis internacionais a figuras de destaque pela luta pela liberdade de Cuba e de outros países reprimidos por regimes socialistas.
O prêmio leva o nome de um personagem histórico cubano. Pedro Luis Boitel foi ativista político e poeta envolvido na luta contra a ditadura de Fulgencio Batista, em 1959.
Depois da ascensão de Fidel Castro ao poder, Boitel tornou-se crítico do novo regime comunista. Ele foi preso em 1961 e condenado a dez anos de prisão, tornando-se símbolo da resistência contra as violações dos direitos humanos em Cuba.
Ação dos boinas negras de Cuba
A tropa dos boinas negras de Cuba, que auxilia a invasão russa na Ucrânia, é uma unidade de forças especiais do Exército cubano treinada em táticas de guerra de guerrilha e operações especiais. Eles são enviados para missões internacionais, geralmente em apoio a regimes aliados aos objetivos ideológicos e políticos de Havana.
Segundo informações do site Brasil Sem Medo, a presença dessa guarda tem sido relatada em conflitos e operações em países como Angola, Nicarágua e, mais recentemente, Venezuela. A unidade militar cubana é conhecida por sua eficiência tática e disciplina rigorosa, mas também tem sido criticada por envolvimento em ações criminosas contra civis.
Fonte: revistaoeste