Um homem foi preso em Madri, na Espanha, depois de assediar uma repórter durante uma transmissão ao vivo do programa En Boca de Todos, do canal Mediaset, na terça-feira 12.
A repórter Isabel Balado fazia uma reportagem sobre um assalto ocorrido em um estabelecimento da Praça Tirso de Molin, quando um homem a interrompeu.
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O jovem cidadão romeno de 25 anos apalpou a jornalista e perguntou para qual canal de televisão ela trabalhava.
Como a repórter na Espanha foi assediada
No vídeo, Isabel fica visivelmente incomodada, se afasta do homem e tenta continuar com a reportagem. Ela então é interrompida pelo apresentador do programa, Nacho Abad, que repreende o homem que a assediou.
“Por mais que você queira me perguntar de que canal somos, você realmente tem de tocar na minha bunda?”, perguntou a repórter. “Estou exercendo um direito e estou trabalhando.”
O rapaz respondeu. “Não queria tocar na sua bunda”, disse. Isabel aparenta estar nervosa e mantém a mão na orelha, como se ouvisse algo em seu ponto. Ela se afasta do homem, mas, antes de ele sair, toca no cabelo dela.
A prisão do assediador
Depois do ocorrido, a polícia havia sido chamada pela equipe do Mediaset. Os agentes chegaram rapidamente, e o homem foi detido e levado para a Unidade de Família e Assistência à Mulher da Sede da Polícia de Madrid.
As autoridades vão analisar as imagens e colher depoimentos dos dois. Ele nega ter feito algo com a jornalista, apesar de as câmeras terem registrado todo o ocorrido.
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Depois da repercussão do caso, alguns políticos espanhóis se pronunciaram. “O que até agora era ‘normal’ não é mais normal”, disse a ministra da Igualdade da Espanha, Irene Montero, no Twitter/X. #SeAcabó [acabou, em português].”
Irene disse também que “o toque não consensual é violência sexual, e dizemos o suficiente para a impunidade”. “Todo o meu apoio a Isa Balado”, afirmou. “Só sim é sim.”
Já a ministra do Trabalho na Espanha, Sumar Yolanda Díaz, comentou que “o machismo é o que faz com que as jornalistas sofram agressões sexuais como essa, porque os agressores ficam sem nenhum remorso diante das câmeras”. “Não pode ficar impune”, acrescentou.
Fonte: revistaoeste