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Como a corrida ajudou um homem a reverter a progressão da esclerose múltipla

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Um homem de 52 anos, que possui , conseguiu reverter a progressão da doença correndo várias maratonas. A última foi no dia 2 de julho, em , na Austrália.

Derek Stefureac, de Las Vegas, Estados Unidos, descobriu a doença quando tinha 39 anos. Na época, sedentário e fumante, os médicos avisaram que a única maneira de retardar a progressão era ficar saudável.

O rapaz começou a correr e se apaixonou pela corrida. O amor pelo esporte é tanto que ele já correu 36 maratonas, incluindo uma na Antártica e uma no Monte Everest. “Ninguém acredita que tenho esclerose múltipla. As pessoas ficam chocadas quando eu conto a elas”, brincou o atleta amador.

Diagnóstico depois de ataque

Era mais um dia no trabalho de Derek, mas a vida do rapaz mudaria de uma hora para outra.

O profissional teve um “ataque” e ficou com todo o corpo paralisado por aproximadamente um minuto. “Eu pensei que estava morrendo”, relembrou.

Depois do caso, Derek começou a investigar com vários médicos. “Foi um diagnóstico bastante assustador e, para ser , eu nem tinha certeza do que era. Não conhecia ninguém que tivesse isso”, lamentou.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune que compromete a bainha de mielina dos neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central. Entre os sintomas mais comuns estão a dormência, fraqueza de membros, visão dupla, retenção urinária, entre outros.

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Paixão pela corrida

Na época, receber o diagnóstico de uma doença incurável foi muito difícil para ele. Em busca de maneiras que pudessem retardar o avanço da condição, Derek ouviu dos médicos uma resposta.

“Temos algumas terapias para retardar a progressão, mas a melhor coisa que você pode fazer é ficar saudável. Então isso me assustou o suficiente para parar de fumar e, como parte do processo de parar de fumar, para me a ficar saudável, comecei a correr”, disse.

Já se passaram 13 anos do diagnóstico e Derek tem 36 maratonas no currículo. Ele já fez corridas em todos os continentes e construiu uma verdadeira comunidade de corredores que possuem a mesma doença.

Exercício fazendo a diferença

O exercício não reverte diretamente a progressão da doença, mas ajuda a limitar comorbilidades como a hipertensão arterial. Essa hipertensão é responsável por acelerar a progressão da esclerose.

Além disso, a corrida também promove a plasticidade do sistema nervoso, o que melhora a função e compensa os danos causados pela condição.

“Derek realmente parece muito melhor agora do que quando foi diagnosticado pela primeira vez em termos de deficiencia”, disse Le Hua, neurologista do Centro Lou Ruvo de Saúde Cerebral da Clínica Cleveland.

Para Derek, os sintomas da esclerose são coisas do passado. “Só penso na doença quando preciso reabastecer minha receita ou marcar uma consulta”, contou.

Próximos passos

Agora, completado o objetivo de correr pelo menos uma maratona em todos os continentes, Derek já está pronto para o próximo extremo.

Ele planeja correr uma maratona no Polo Norte e outra no Monte Kilimanjaro, na , em fevereiro do ano que vem.

“Quando comecei, o objetivo era ficar em forma e desacelerar essa progressão, e funcionou tão, tão surpreendentemente”, comemorou.

O maratonista disse ainda que, a doença acabou o tirando de uma zona de conforto. “Parece loucura, mas, para mim, estou grato pelo diagnóstico. Foi realmente uma revelação e mudou minha vida. Não acho que estaria percorrendo sete continentes se nunca tivesse sido diagnosticado com esclerose múltipla”.

Por , Derek quer, cada vez mais, inspirar outras pessoas. “Eu gostaria de ser m bom exemplo de ‘Este poderia ser você’”.

Derek gosta de provas desafiadoras, como a maratona no Monte Everest. Foto: Derek Stefureac/Clínica Cleveland.

Derek gosta de provas desafiadoras, como a maratona no Monte Everest. Foto: Derek Stefureac/Clínica Cleveland.

Com informações de CBS News.

Fonte: sonoticiaboa

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