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Avanço na cura do câncer cerebral em jovens: novo medicamento apresenta resultados positivos

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Atualmente, os principais tratamentos contra o câncer são a quimioterapia e a , procedimentos que combinam coquetéis de medicamentos com radiação a fim de eliminar o tumor maligno. Recentemente, no entanto, cientistas do Memorial Sloan Kettering Cancer, de Nova Iorque, descobriram que o uso de um novo medicamento, o Vorasidenib (VOR), pode atrasar significativamente a progressão de um tipo raro de câncer no cérebro.

Segundo os pesquisadores, a nova abordagem pode também diminuir o risco de morte em pacientes jovens. Durante o estudo, foi descoberto que o Vorasidenib atrasou o início dos tratamentos convencionais, a quimio e a radioterapia.

Neste domingo, 4, o estudo foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla em inglês), na cidade norte-americana de Chicago. O encontro reúne os maiores especialistas em câncer do mundo. O tipo de câncer tratado pelo novo medicamento são os gliomas de grau 2, um tipo raro de tumor cerebral maligno que se desenvolve no sistema nervoso central (SNC).

Atualmente, além das terapias com medicamentos e radicação, há também os procedimentos cirúrgicos. No entanto, os tratamentos disponíveis não levam o paciente à cura, e estão associados a toxicidade de curto e longo prazo, podendo causar efeitos colaterais graves, como a infertilidade e perda de memória.

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A Asco Reúne Os Principais Especialistas Em Câncer Do Mundo. Imagem/Asco/Todd Buchanan | Divulgação

Ingo K. Mellinghoff, principal autor do estudo, disse ao portal Metrópoles: “Esses pacientes têm de fazer uma escolha quando recebem a prescrição para radiação ou quimioterapia. É uma decisão difícil de se tomar quando se tem 40 anos porque eles sabem que há alguns problemas cognitivos relacionados. Muitos hesitam ao tratamento e não há outras opções disponíveis, mas essa medicação pode ser uma saída”. Ainda segundo Mellinghoff, o VOR é eficaz e tolerável pelo organismo, sem efeitos colaterais.

A pesquisa

Os cientistas contaram com a participação de 331 pacientes portadores de gliomas de grau 2 para a pesquisa. Os pacientes, que tinham idades entre 16 e 71 anos, haviam sido submetidos à cirurgia, mas nenhum outro tratamento complementar. Eles também eram residentes de dez países distintos.

Uma dose oral de VOR diária foi fornecida a cerca de 170 participantes, outros 160 receberam em ciclos de 28 dias. Ao final da pesquisa, os cientistas constataram que o VOR havia sido relacionado ao aumento de cerca de 28 meses da sobrevida dos pacientes, sem a progressão da doença, contra aproximadamente 11 meses daqueles que usaram o placebo.

Sobre os resultados da pesquisa, Glenn Lesser, especialista ASCO, disse: “Os resultados desse estudo são muito significativos. Eles sugerem que os pacientes com gliomas (…) podem potencialmente atrasar o uso de tratamentos tóxicos por alguns anos. Esses pacientes são geralmente jovens, trabalham, estão criando suas famílias. Tratamentos que afetam sua qualidade de vida podem trazer um preço alto”.

Fonte: revistaoeste

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