Recentemente na Argentina, uma série de saques a supermercados e lojas do país deixou um saldo de quase 200 detidos. Os atos criminosos foram supostamente organizados por grupos de bairros populares, e serviram de alimento para o debate político em meio a uma crise inflacionária a 60 dias das eleições gerais de outubro.
Na semana passada, grupos de criminosos forçaram a entrada em supermercados e outros estabelecimentos. Durante a invasão, eles causaram destruição aos estabelecimentos comerciais nas províncias de Buenos Aires, Mendonza, Córdoba, Neuquén e Río Negro.
Participação de menores de idade
Na capital Buenos Aires, uma loja também foi alvo de ataques — que foi repelido por vizinhos do estabelecimento. Segundo relatórios divulgados oficialmente durante entrevistas coletivas, um total de 94 pessoas foram detidas em bairros do subúrbio da capital — a polícia registrou um total de 150 tentativas de saques.
Em comunicado, o governo local disse: “São criminosos que agem de forma organizada, com a participação de menores de idade”. De acordo com o portal UOL, na região argentina de Mendonza, foram 66 presos. Os casos, apesar de isolados, remetem à violência dos saques registrados na Argentina durante os governos dos social-democratas Raúl Alfonsín e Fernando de la Rúa, entre os anos 1990 e início do milênio.
Javier Milei manifesta-se
Javier Milei, o candidato mais votado nas primárias do dia 13 de agosto, disse que “é trágico ver novamente depois de 20 anos as mesmas imagens de saques que vimos em 2001. Pobreza e saques são duas faces da mesma moeda”. Grande parte do sucesso de Milei entre os argentinos deve-se à sua crítica mordaz contra o sistema socialista.
Os argentinos sofrem com um índice de inflação galopante — o que provoca miséria. O país sul-americano tem uma das inflações mais altas do mundo, mais de 100% em comparação ao mesmo período em 2022. A pobreza no país vizinho atinge mais de 40% da população.
Fonte: revistaoeste