A origem da fortuna do homem mais rico da ,, de 87 anos, estaria no roubo do patrimônio de 70 mil judeus durante o .
Essa é a conclusão de uma investigação realizada pela revista norte-americana Vanity Fair, que mostrou como o rei do e presidente do gigante da logística Kuehne+Nagel nunca concordou em lidar com as origens da sua fortuna, que superaria US$ 44 bilhões (cerca de R$ 250 bilhões).
é também é o maior acionista da companhia aérea alemã Lufthansa, do gigante marítimo Hapag-Lloyd, que pertence à distribuidora de produtos químicos Brenntag.
Segundo a revista norte-americana, o patrimônio de remontaria à era nazista, quando propriedades de famílias teriam sido sistematicamente roubadas. A opinião pública sabia dessa história em termos gerais, mas nunca teve acesso aos detalhes.
A pressão sobre vem crescendo há anos, desde quando os prêmios literários que sua fundação distribui são recusados pelos vencedores.
O túmulo de seu pai, Alfred, foi profanado com a escrita “” (capitalista nazista, na tradução do alemão).
Empresário nunca negou o passado nazista da família
, reservado, sem herdeiros, reside na há décadas. Mas é também o principal patrono e mecenas da cidade de , onde o atual chanceler alemão, , nasceu e onde começou sua carreira política. Essa trajetória o levou para o comando do governo da principal economia da .
O bilionário é o dono do time de futebol do , financia a orquestra filarmônica – e é considerado um generoso filântropo. Entretanto, o segredo de seu patrimônio é ligado ao período mais obscuro da história alemã: a .
Em 1933, três meses depois da posse de como chanceler, seu pai e seu tio Werner Kühne expulsaram o outro sócio da empresa , o judeu , sem indenização.
Esse processo era conhecido como “” das empresas alemães. O negócio decolou graças às encomendas do regime nazista. E, entre 1942 e 1944, os tornaram-se imensamente ricos.
Foram eles que organizaram como monopolistas — o saque e o transporte dos bens de 70 mil famílias judias que foram deportadas para os campos de concentração.
Na França, na Bélgica, na Holanda e em outros países europeus invadidos pelas tropas nazistas, não houve aldeia remota onde os não chegassem para saquear as famílias judias a mais.
Suspeitas de ter fornecido gás para campos de extermínio
Segundo um historiador de , Frank Bajohr, os teriam fornecidos o gás Zyklon B para os campos de extermínio .
ingressou na empresa de família em 1958, aos 21 anos, e transformou-a em uma potência global.
Ele nunca negou os crimes cometidos pelo seu pai e tio, pagou indenizações aos judeus como outras 6,5 mil empresas alemãs.
Em 2015, ele encomendou uma investigação séria sobre a família. Mas não chegou a reconhecer as conclusões e recusou-se a publicá-las.
“A certa altura”, disse na ocasião, “é preciso deixar a poeira da história cair sobre as coisas”.
Fonte: revistaoeste