Você está passando por um pós-parto difícil e cheio de emoções? Fique tranquila, saiba que esse período de fragilidade é comum — e até esperado — durante o puerpério. Normalmente, isso acontece por conta da fase de adaptação necessária para você se acostumar com o bebê recém-nascido.
Para lidar com essa fase, o ideal é que você entenda sobre algumas possíveis reações que seu corpo e mente podem demonstrar, como os sintomas de depressão pós-parto ou do baby blues. Hoje, conversaremos sobre o que é essa condição, a qual, inclusive, muitas vezes é confundida com a depressão pós-parto. Afinal, ambos apresentam sinais parecidos um com o outro.
Continue a sua leitura e entenda os sintomas, possíveis tratamentos e como amenizar o baby blues!
O que é baby blues?
O baby blues pode ser definido como um distúrbio de humor que atinge mães que acabaram de dar à luz, como publicado pela Secretária de Saúde do Rio Grande do Sul. Ele também surge durante o período de puerpério. Essa condição deixa as mulheres mais sensíveis e com um sentimento de incompreensão.
Quando ele ocorre, em geral, o psicológico tende a ficar mais frágil, causando crises de choro ou irritação inesperadas.
Por mais que essa fase seja difícil, esteja ciente que o baby blues é um período comum e não pode ser ignorado. Então, procure sempre por uma rede de apoio, que te abrace, acolha e mostre que, após esses momentos mais sensíveis, tudo ficará bem.
Quais os sintomas do baby blues?
A psicóloga Ana Crys Benício Lopes, especialista no assunto e representante da Secretaria de Saúde Estadual do Ceará, aponta os sintomas que aparecem com mais frequência em casos de baby blues. Dentre eles estão:
- Humor deprimido;
- Perda de peso;
- Falta de concentração;
- Desinteresse;
- Desânimo excessivo;
- Pouca interação com o bebê — em alguns casos, a mãe desiste da amamentação e sente-se desconfortável ao pegar o filho no colo;
- Emocional abalado.
Deu para notar, não é? Esses sintomas são muito próximos a uma depressão. Logo, é preciso ficar atenta ao tempo que eles permanecem acontecendo. Em geral, se os sintomas passarem das três primeiras semanas do nascimento do bebê, pode-se considerar uma depressão pós-parto.
Afinal, esse é o tempo utilizado para a mamãe se adaptar com a rotina de um recém-nascido e estabilizar as suas emoções.
Atenção: lembre que as informações deste post são apenas informativas. Então, consulte um psicólogo ou seu médico de confiança, caso tenha alguma suspeita.
Qual o tratamento para o baby blues?
Por não ser considerado uma doença, não existe nenhum tratamento medicamento para ele. Conforme dito pelo Hospital Santa Clara, a solução mais comum para lidar com o baby blues é amenizar os sintomas.
É nesse ponto que entra a ajuda dos amigos, familiares e outras pessoas próximas a você e ao bebê. Para isso, você precisa estar aberta a compartilhar os seus sentimentos e pedir apoio nos momentos em que se sentir vulnerável.
Embora o período seja tratado pela sociedade como uma fase “normal”, é preciso compartilhar as suas dores. Isso ajuda aliviar o que está sentindo naquele momento. Caso contrário, guardar os seus sentimentos pode prejudicar a sua rotina com um bebê.
Qual a diferença entre baby blues e depressão pós-parto?
O baby blues é algo que acontece naturalmente e de forma passageira. Normalmente, ele tende a acontecer durante as primeiras semanas da maternidade e logo termina. Já a depressão pós-parto é algo que você precisa ficar atenta aos sintomas, ela é uma doença e precisa de tratamento.
Afinal, diferente do baby blues, que permanece apenas por algumas semanas, a depressão pós-parto pode seguir durante meses, até o final da maternidade.
Por esse motivo, é essencial um acompanhamento pré-maternidade que te deixe preparada para enfrentar os desafios de ser mãe. Embora seja uma fase maravilhosa, ela também pode trazer momentos de incertezas, dúvidas e melancolia.
Quanto tempo leva para passar o baby blues?
Em geral, o baby blues tende a demonstrar seus sinais logo nas primeiras 24 horas após o parto e permanece até as duas primeiras semanas após o nascimento do bebê. Ele é realmente um período de adaptação, onde os hormônios estão mais aflorados e acabam deixando o organismo sensível.
É preciso estar atenta à permanência dos sintomas do baby blues. Afinal, a extensão dessa condição pode evoluir para uma depressão pós-parto.
É possível evitar o baby blues?
Infelizmente, não há nenhuma maneira de evitar o baby blues. Ele é um distúrbio ocasionado por hormônios naturais do nosso corpo. Pode acontecer de algumas mulheres terem sintomas mais leves do que outras. Contudo, isso depende de fatores genéticos.
Para minimizar o problema, uma forma é buscar o auxílio de profissionais especializados na recuperação pós-parto. Dessa forma, mamãe, você consegue preparar o seu psicológico para esse e outros tipos de problemas comuns após o nascimento do bebê.
Como o pai da criança pode ajudar a aliviar o baby blues?
O baby blues é uma etapa frágil que interfere nos hormônios da mamãe. Porém, vale lembrar que ela não precisa — nem deve! — passar por esse momento sozinha.
Por esse motivo, preparei algumas dicas para os papais ajudarem a melhorar os sentimentos da mãe da criança. O segredo é sempre estar atento aos sinais de tristeza, desânimo e irritação e se mostrar proativo para solucionar os problemas dela.
- Demonstre compreensão com as causas e sintomas do baby blues;
- Esteja disposto a ouvir as mamães, sem questionar os seus sentimentos;
- Divida as atividades domésticas e de cuidados com a criança;
- Ofereça mimos para deixar o dia da mamãe melhor;
- Seja paciente;
- Não permita muitas visitas durante o período do baby blues — muitas das vezes, elas podem deixar a mamãe mais irritada.
Essas são apenas algumas pequenas atitudes que podem aliviar esse período tão sensível para as mamães. E deu para perceber, não é? Elas são supersimples para colocar em prática e podem melhorar o dia de sua companheira significativamente.
Entender sobre os diferentes ciclos que acontecem durante o pós-parto é essencial. Isso ajuda para que tanto a mãe quanto a criança possam passar por eles da melhor forma possível, sem traumas e/ou danos psicológicos.
Para continuar lendo sobre outras dicas de maternidade, assim como essas, continue no blog da Brandili e entenda o que é e como lidar com o desmame precoce.
Até logo!
Fonte: blog brandili