Conheça dona Aspasia D’Avila, a vovó 95 de anos que está trabalhando pela primeira vez: “Ter o próprio dinheiro é liberdade”
Aspasia D’Avila decidiu mudar de vida em 2019, aos 92 anos, pois, depois que os cresceram, o dia a dia dela ficou um pouco mais tranquilo. Acontece que Aspasia, agora de 95 anos, casou-se aos 17 anos e desde então nunca trabalhou fora, sempre foi dona do lar.
“Governava a casa e cuidava dos filhos. Fazia artesanato pois precisava preencher meu tempo, assim como lia e ia para a hidroginástica. Nunca pensei em vender. Meu marido nem me deixaria trabalhar fora. Hoje vejo outro tipo de vida para as . Acho maravilhosa a independência da minha neta Fabiana,” disse.
Após a neta Fabiana mostrar uma Nossa Senhora confeccionada em um , dona Aspasia se sentiu atraída pela arte japonesa de bonecos tridimensionais. Junto da filha, resolveu então aprender a técnica e colaborar para o evento da primeira comunhão do bisneto, com outros cinco anjinhos.
O resultado encantou e rendeu a pergunta: “Quanto custam?”. Ela, que sempre fez artesanato e nunca os vendeu, resolveu cobrar uma pequena quantia por uma peça e dar outra de graça. O boca a boca, no entanto, logo transformou o em sua primeira fonte de renda.
Ela nunca imaginou o sucesso que faria. “A sensação de ter meu próprio dinheiro foi de muita liberdade”. É algo sensacional.
Ela iniciou fazendo anjinhos e santinhos para treinar a costura e a própria criação dos bonecos. Contudo, ela afirma que os primeiros não ficaram bons.
No entanto, a neta de Aspasia criou redes sociais para divulgação dos bonecos e começou a dar muito certo. A neta criou um Instagram com o nome: Vó Pati, o apelido que os netos deram para ela. “Quando vi, estava ganhando meu próprio dinheiro pela primeira vez na vida”, contou a avó.
Eu tenho muito orgulho do meu trabalho. “Vejo as pessoas agradecerem, mandarem mensagens e isso me deixa muito feliz”, contou a senhora.
“A demanda está altíssima. Eu não estou dando conta. Já tive que chamar três ajudantes”, disse. Aspásia conta que já até de fora do Brasil: “Sou viúva e vivo de pensão, então sempre contei com a ajuda financeira de um filho. Mas já até falei que não preciso mais”.
Hoje, ela acredita já ter vendido mais de 700 e também para outros países, como Canadá e Portugal.
“A sensação de comprar uma coisa com o meu próprio dinheiro foi libertadora, Eu adorei a sensação de olhar algo, gostar e comprar. Comprei muitas coisas, até uma geladeira. Eu não penso em . Estou vivendo enquanto Deus quer e procuro tirar o melhor disso”, finalizou ela.
Fonte: melhorcomsaude