Vendas de veículos têm queda significativa no mercado brasileiro em novembro

As vendas de veículos novos caíram 2,4% em novembro, na comparação com outubro. Ao todo, foram vendidas 212,6 mil unidades. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Ao comparar com novembro do ano passado, as vendas aumentaram 4,2%. Já a produção no mês, comparado a 2022, diminuiu 6,1%. De janeiro a novembro deste ano foram produzidos mais de 2,16 milhões de veículos no país, uma queda de 1,1%, comparado ao mesmo período do ano passado.

+ Leia mais notícias sobre Economia em Oeste

A fabricação de ônibus apresentou o maior recuo entre as categorias. Foram fabricados 1.887 unidades em novembro, uma queda de 10,1%, comparado a outubro. A produção de veículos comerciais leves e de caminhões também diminuiu no mês passado — 4,3% e 5,9% a menos, respectivamente.

Os carros foram a única categoria que apresentou crescimento na produção em novembro. A indústria fabricou 155 mil veículos leves, ante 149 mil em outubro — um crescimento de 3,9%.

Exportação de carros caiu 53,3% em novembro

A venda de veículos para fora do Brasil teve queda de 44,6% em novembro, comparado ao mesmo período do ano passado. Foram exportadas 24 mil unidades no mês ante 31 mil em outubro, uma queda de 23%.

A exportação de carros despencou em um ano. Em novembro de 2023, as exportações de veículos leves retraiu 53,3%, comparado com o mesmo mês do ano passado. A exportação de caminhões recuou 15,4%. Enquanto a exportação de veículos comerciais leves e ônibus cresceram 9,1% e 1,2%, respectivamente.

Argentina reduziu importação do Brasil

De acordo com o presidente da Anfevea, Márcio de Lima Leite, a queda de exportações do Brasil se deve ao encolhimento dos mercados automotivos chileno e colombiano, onde o Brasil tem forte presença.

Além disso, o principal mercado no qual o país perdeu a força é o argentino, que tem investido na produção nacional. Segundo Leite, em 2019, 49% dos veículos vendidos na Argentina eram brasileiros. Hoje a participação brasileira caiu para 27% no país.