O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil subiu 1,4% no segundo trimestre de 2024 ante o período imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. As informações foram divulgadas pelo nesta terça-feira, 3.
Pela ótica da produção, serviços (1,0%) e indústria (1,8%) cresceram, enquanto agropecuária (-2,3%) recuou.
O PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no segundo trimestre de 2024, sendo R$ 2,5 trilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.
No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,8% do PIB, acima dos 16,4% registrados no segundo trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16%, abaixo dos 16,8% do mesmo trimestre de 2023.
Em relação ao segundo trimestre de 2023, o PIB avançou 3,3%. Indústria (3,9%) e serviços (3,5%) cresceram no período.
Segundo o IBGE, o crescimento na indústria se deve aos desempenhos positivos das atividades de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,2%), construção (3,5%) e de indústrias de transformação (1,8%). Por outro lado, houve queda de 4,4% em indústrias extrativas.
Em serviços, houve alta em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,0%), informação e comunicação (1,7%), comércio (1,4%), transporte, armazenagem e correio (1,3%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,0%), atividades imobiliárias (0,9%) e outras atividades de serviços (0,8%).
Pela ótica da despesa, despesa de consumo das famílias (1,3%), despesa de consumo do governo (1,3%) e formação bruta de capital fixo (2,1%) cresceram em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Quanto ao setor externo, exportações de bens e serviços subiram 1,4%, enquanto importações de bens e serviços cresceram 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Agropecuária recua mais de 2% no PIB do segundo trimestre
Segundo o IBGE, agropecuária recuou 2,9% em relação ao segundo trimestre de 2023.
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado em agosto mostrou queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade em culturas com safras no segundo trimestre, como milho (-10,3%) e soja (-4,3%).
Esses recuos suplantaram o bom desempenho de culturas como o café (6,6%) e do algodão herbáceo (10,8%), por exemplo.
Fonte: revistaoeste