O café é a fonte mais consumida de cafeína, que também está presente naturalmente no chá verde, na erva-mate, no guaraná, além do cacau. A substância ainda pode ser sintética, ou seja, é fabricada para compor remédios, alimentos ou bebidas.
Alguns analgésicos e antigripais têm cafeína na sua fórmula;
Bebidas gaseificadas à base de cola e energéticas também.
É a cafeína que estimula o sistema nervoso central, previne ou alivia a sonolência e dá aquele gás para enfrentar o trabalho diário.
O consumo indicado é de até 400 mg de cafeína ao dia para adultos.
A concentração da cafeína varia a depender da qualidade do café. Para se ter uma ideia, uma xícara de espresso (de 35 ml a 50 ml) pode conter de 58 mg a 76 mg da substância.
Crianças e adolescentes devem evitar seu consumo.
Grávidas e lactantes devem se limitar a um máximo de 200 mg ao dia. A orientação é da ACOG (sigla em inglês para o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia).
Como o corpo reage sem café
Estar alerta e pronto para ser mais produtivo por mais tempo pode prejudicar o repouso noturno, e também potencializa sintomas da ansiedade, principalmente entre indivíduos com transtorno do pânico e ansiedade social, que parecem ser mais propensos aos efeitos da cafeína.
Deixar de consumir cafeína, ou ao menos limitar o consumo até o final da tarde, pode ter como resultado a melhora da qualidade do sono, especialmente entre idosos. Também pode reduzir efeitos colaterais, como taquicardia e enxaqueca, mas somente se o gatilho para a dor for a bebida.
Como cada pessoa metaboliza a cafeína de forma “personalizada”, é preciso observar os efeitos dela para adequar as doses na dieta.
Abstinência de cafeína
Pouco importa se você é moderado ou exagerado. Quem tem o hábito de consumir cafeína e para de uma vez pode ter como efeito imediato sintomas de abstinência. Eles passam depois de um ou dois dias. Os mais frequentes são:
- Dor de cabeça (50% das pessoas apresentam essa queixa)
- Cansaço
- Queda de energia e do estado de alerta
- Sonolência
- Perda da concentração
- Mudança de humor
- Dificuldade de concentração
- Irritabilidade
- Confusão mental
- Queda ou aumento da pressão arterial
- Tremor nas mãos
- Aumento da vontade de urinar
- Sintomas gripais
- Constipação
- Dor articular
- Dor abdominal
A orientação é para que a redução seja realizada de maneira gradual, usando como estratégia a substituição da bebida por outras que também podem conter cafeína, mas em concentrações bem menores, como chás ou chocolate.
Fontes: Andréa Vargas, nutricionista, voluntária no Programa de Transtornos Alimentares/Ambulim do IPq/HC-FMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Graziele Maria da Silva, nutricionista clínica com mestrado e doutorado em ciências da nutrição e do esporte e metabolismo pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); Octávio Marques Pontes-Neto, neurologista e docente do Departamento de Neurociência e Ciências do Comportamento da FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto).
*Com informações de reportagem publicada em 07/03/2023 e 07/12/2022
Fonte: uol