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Falta de magnésio: quais são os sinais, as causas e veja o que fazer

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O participa de diversos processos do organismo. Nas células, ele está envolvido com mais de 300 enzimas na regulação e proliferação celular, além do metabolismo de energia e de cálcio e potássio através das membranas celulares.

O mineral também é fundamental no controle da contração e relaxamento muscular, da pressão arterial, transmissão de sinais entre sistema nervoso e em mecanismos relacionados à insulina.

Além disso, o magnésio é fundamental para formação de ossos e dentes, anticorpos, participa do sistema imune e tem papel na modulação do humor e do sono.

Sendo um dos principais micronutrientes dentro das células, é essencial tê-lo em quantidades adequadas no organismo.

Quais são as quantidades ideais de magnésio no organismo?

Um adulto saudável deve ter 24 gramas de magnésio, sendo que a maior parte do mineral é encontrado nos ossos. Mulheres adultas devem consumir, em média, 320 mg/ dia, enquanto homens precisam de 420 mg/dia.

Quais são os sintomas da falta de magnésio?

Os sintomas de carência são:

  • Câimbra
  • Fraqueza e letargia
  • Enxaqueca
  • Zumbido nos ouvidos
  • Náuseas e vômitos
  • Ansiedade e irritabilidade
  • Constipação
  • Formigamento
A carência de magnésio pode levar também ao aumento da absorção e deposição de manganês nos tecidos, além de contribuir para o surgimento de algumas doenças como aterosclerose, hipertensão, diabetes, asma e osteoporose.

Qual a ingestão máxima de magnésio?

A ingestão diária de até 700 mg não traz riscos à saúde e os casos de toxicidade dificilmente ocorrem por suplementação oral, sendo mais prováveis quando há infusão endovenosa e com valores acima de 6.000 mg/dia.

Quais alimentos têm mais magnésio?

As principais fontes alimentares de magnésio são os cereais integrais, vegetais verde-escuros, castanhas e sementes. As maiores quantidades estão disponíveis em:

  • Gergelim: 360 mg
  • Linhaça: 346 mg
  • Chia: 335 mg
  • Castanha-do-pará: 323 mg
  • Castanha-de-caju: 292 mg
  • Amêndoa: 270 mg
  • Soja: 210 mg
  • Quinoa: 197 mg
  • Feijão-fradinho: 178 mg
  • Amendoim: 170 mg
  • Feijão-carioca: 147 mg
  • Feijão- 141 mg
  • Grão-de-bico: 133 mg
  • Espinafre: 72 mg
  • Quiabo: 45 mg
  • Couve: 42 mg
  • Banana: 31 mg
  • Abacate: 17 mg

Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos; valores por 100 g

Que tipo de suplementação costuma ser mais indicada?

Existem várias formas químicas disponíveis de suplementos de magnésio: óxido, hidróxido, sulfato, acetato, glicinato, cloreto e citrato de magnésio, mas a indicação e a quantidade a ser suplementada varia caso a caso. Usar suplementos sem prescrição pode causar efeitos colaterais indesejados como diarreia, náusea, vômito, sonolência, hipotensão.

O mineral é considerado como tratamento padrão para casos clínicos de eclâmpsia e pré-eclâmpsia. Estudos clínicos também vêm tentando elucidar a benéfica da suplementação em outras condições, como hipertensão e aterosclerose. No último caso, o mineral seria eficiente para retardar a progressão da doença.

Quem está mais suscetível à falta de magnésio?

Pessoas com alteração gastrointestinais e nos rins estão mais suscetíveis à deficiência de magnésio porque nesses casos ocorre comprometimento da reabsorção e da excreção do mineral. Obesidade, diabetes e osteoporose também são condições em que ocorre falta do micronutriente.

Como é feito o diagnóstico de deficiência do micronutriente?

O diagnóstico ocorre por meio dos sintomas clínicos relatados pelo paciente e pela realização da dosagem do magnésio, feito principalmente com exame de sangue —o valor de referência é de 0,75 a 1,05 mmol por litro. Também é possível fazer a análise por meio de exame de urina, cuja deve estar de 3 a 5 mmol por litro.

Existem órgãos específicos que são prejudicados pela falta de magnésio?

Todo o organismo é afetado quando há falta do mineral. Entretanto, o sistema nervoso e os músculos são os mais prejudicados.

Diante de sinais da falta de magnésio, qual profissional procurar?

Busque um ou um nutrólogo.

O que o profissional de saúde vai orientar para essa pessoa?

Esses profissionais irão auxiliar na mudança de hábitos alimentares e orientar para escolha de alimentos ricos em magnésio. Em casos de doenças prévias, com as mencionadas anteriormente, poderá ser indicada a suplementação do mineral.

Fonte: Anderson Dietrich, médico pela FURB (Fundação Universidade Regional de Blumenau) e nutrólogo pela Abran (Associação Brasileira de Nutrologia); Kyria Cruz, doutora em alimentos e nutrição pela UFPI (Universidade Federal do Piauí); Letícia Mazepa, nutricionista e doutoranda em ciências farmacêuticas na UFPR (Universidade Federal do Paraná).

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