A comida que você coloca no seu prato pode interferir na idade do seu cérebro. É o que concluiu um (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)estudo publicado recentemente na revista científica eLife, que mostrou que a dieta mediterrânea pode retardar os sinais de envelhecimento cerebral acelerado.
Muitas pesquisas já mostraram que a obesidade acelera o envelhecimento do nosso cérebro. Neste estudo, os cientistas investigaram se a perda de peso após uma mudança na alimentação seria capaz de diminuir esse efeito no órgão.
Como foi feito o estudo
Os pesquisadores fizeram varreduras cerebrais em cerca de 100 pessoas, com o objetivo de checar qual era a “idade” do cérebro de cada uma delas.
Os participantes foram divididos em três grupos: um deles seguiu uma dieta mediterrânea com muitas nozes, peixe e frango em vez de carne vermelha; outro consumiu uma dieta mediterrânea com alguns extras adicionados, como chá verde; e o terceiro seguiu uma dieta baseada em diretrizes dietéticas saudáveis.
Além disso, eles foram encorajados a diminuir o consumo de alimentos processados, doces e bebidas industrializadas.
A dieta teve duração de 18 meses. No final, os pesquisadores refizeram os exames no cérebro dos voluntários. Foi aí que eles descobriram que, para cada 1% do peso corporal perdido após seguir a dieta mediterrânea ou diretrizes de saúde, os cérebros dos participantes pareciam quase nove meses mais jovens do que sua idade cronológica.
Em média, as pessoas no teste perderam cerca de 2 ou 3 quilos.
O que os resultados significam?
Os cientistas ainda não sabem dizer se desacelerar o envelhecimento cerebral pode melhorar a função do cérebro, mas eles têm certeza de que uma dieta equilibrada pode ser o caminho para um envelhecimento mais saudável do órgão mais importante do sistema nervoso central.
Nosso estudo destaca a importância de um estilo de vida saudável, incluindo menor consumo de alimentos processados, doces e bebidas, na manutenção da saúde do cérebro. Gidon Levakov, da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, principal autor do estudo
O estudo, contudo, tem algumas limitações. A maioria dos participantes eram homens, e eles preencheram pesquisas online sobre sua dieta e hábitos de vida, o que significa que os dados podem ter sido distorcidos pelo que eles lembraram ou optaram por relatar.
Segundo os autores do estudo, o próximo passo é investigar o quanto o “rejuvenescimento” do cérebro afeta o desenvolvimento de doenças, como o Alzheimer.
Fonte: uol
Colunista: @chefcarlosmiranda