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Erva-baleeira: benefícios para cicatrização, dor e inflamação

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Erva-baleeira ou maria-milagrosa. Guarde os nomes dessa planta, que é brasileira, acessível (é encontrada facilmente no litoral do país) e economicamente viável de se utilizar em larga escala.

Além disso, não se mostrou tóxica, segundo a pesquisa de mestrado em biotecnologia industrial da bióloga Jéssica Martim, da Universidade Positivo, em Curitiba.

Tradição e potencial terapêutico

A mestre em biotecnologia industrial decidiu estudar a erva-baleeira (Cordia verbenacea) por ela já fazer parte de sua dinâmica familiar. O avô tinha um problema de saúde e começou a usá-la em forma de chá por indicação de um amigo. Como o resultado foi positivo, a bióloga começou a buscar mais informações e estudos científicos sobre a eficácia e o efeito da planta.

A erva-baleeira pode ser usada como aliada no tratamento de:

Feridas agravadas pelo diabetes;

Cortes;

Bolhas;

Rachaduras que podem evoluir e, em casos graves, causar amputação;

As folhas têm ação anti-inflamatória que auxilia em dores musculares, artrite, artrose e cólicas menstruais.

“Quando fomos pesquisar a planta, observamos os relatos relacionados com cicatrização e nos chamou a atenção o uso para essa finalidade. Sabemos que o diabetes causa um problema de vasculite que dificulta a cicatrização, principalmente em regiões de extremidade. Então resolvemos testar o potencial de cicatrização da planta em animais diabéticos”, lembrou a orientadora Thais Casagrande, doutora em ciências pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

Remédio natural

A pesquisadora Jéssica Martim conseguiu comprovar que a pomada feita a base do óleo essencial da planta foi capaz de acelerar o processo de cicatrização de feridas em animais com diabetes.

As primeiras etapas envolveram análises microbiológicas da planta e a submissão do projeto ao comitê de ética e pesquisa animal da universidade —procedimento padrão para pesquisas com animais.

Após a aprovação do comitê, os experimentos começaram. Pequenos machucados foram feitos em ratos diabéticos e as pesquisadoras começaram a analisar o processo de cicatrização, principalmente nas feridas tratadas com a pomada de erva-baleeira. Os ratos foram acompanhados por 18 meses e foram divididos em grupos de tratamento de oito e 15 dias. A melhora no processo de cicatrização começou após oito dias de tratamento com a pomada.

As pesquisadoras reforçam que todo o trabalho indica o quanto pode ser benéfico para ajudar pessoas. O creme de erva-baleeira, de uso tópico, é também indicado para o tratamento de processos inflamatórios.

Plante em casa

  1. Tendo ciência que se trata da planta certa, faça o plantio de suas sementes;
  2. Escolha um local iluminado, pois a erva-baleeira é de sol pleno e necessita de, ao menos, seis horas de luz direta do sol;
  3. A erva-baleeira se desenvolve melhor em solos arenosos;
  4. De rega moderada, essa planta só deve ser regada novamente quando o solo estiver seco.

*Com informações de reportagens publicadas em 27/04/2022, 03/05/2019, 26/01/2022

Fonte: uol

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