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Cinema

The Last of Us: Depois do sucesso da série, fãs de Resident Evil pedem para HBO assumir adaptação dos games; isso é possível?

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Qual é o segredo para se fazer uma boa adaptação? Escolha de atores? Não deixar grandes reviravoltas de fora? Fazer exatamente o que os fãs esperam? A indústria cinematográfica, apesar de nova entre tantas outras formas de arte, já está calejada quando o assunto é dar vazão à transmídia – expandir algum conceito ou propriedade intelectual de um meio para outro, que, neste caso, tem as telonas como destino.

Sempre que um livro ou game se transforma em uma produção seriada ou filme live-action, o tópico volta à tona nas redes sociais e rodas de conversa. A responsável por trazer essa discussão de volta é The Last of Us, série da HBO baseada no game homônimo da Naughty Dog.

Com poucos episódios exibidos ao público geral já existe um consenso: essa é uma adaptação que se leva extremamente a sério. Não apenas os personagens estão em perfeita sintonia com o que é visto no videogame, como os acontecimentos quando não são referências diretas às sequências do jogo, expandem o universo elaborado por Neil Druckmann.

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Sendo uma peça de horror de sobrevivência, que coloca seres humanos infectados em uma pandemia global, não demorou nada para que muitos associassem a história de Joel e Ellie à outra franquia de sucesso: Resident Evil.

Nas redes sociais, o público começou um movimento que pede para a HBO assumir as próximas adaptações dos jogos da Capcom.

O que dificulta a passagem de Resident Evil para a HBO?

Até o momento, os direitos da franquia estão nas mãos da Constantin Film, um estúdio alemão que desenvolve projetos locais e internacionais. Em parceria com a Sony Pictures, a empresa está por trás de todas as incursões de Resident Evil nos cinemas e na telinha – dos filmes com Milla Jovovich às séries da Netflix em animação e live-action.

Em 1996, a empresa conseguiu os direitos de adaptação dos jogos de survival horror. O filme escrito por George A. Romero, um dos grandes mestres do horror, até passou pelas mãos da companhia, mas foi cancelado durante o processo, dando lugar ao britânico Paul W.S. Anderson. O cineasta conduziu O Hóspede Maldito e as cinco sequências posteriores da franquia, todos estrelados por sua esposa.

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Isso pode se tornar ainda mais difícil já que a empresa tem “grandes planos” para a franquia mesmo após o cancelamento da série live-action e a conturbada recepção de Bem-Vindo a Raccoon City. Além disso, há pouco tempo a própria Sony fez um acordo de distribuição com a Netflix, que joga suas produções para a empresa após uma janela de exibição nos cinemas e VOD. Esse tipo de parceria pode ter facilitado a entrada de produções de suas subsidiárias no catálogo de originais da plataforma.

Ainda assim, nada impede que novos acordos surjam no meio do caminho. Da mesma forma que o contrato com a Netflix foi feito, a venda dos vindouros projetos pode ser feita para outros serviços de streaming. Sim, Resident Evil ainda terá uma longa trajetória no audiovisual, fora da indústria dos games.

“Ainda temos grandes planos para Resident Evil, com este universo de personagens. Estamos trabalhando em vários projetos a todo vapor. Resident Evil é, de longe, a franquia mais bem-sucedida que a Constantin Film já teve. Então só porque uma série não foi renovada, não quer dizer que tenhamos jogado a toalha”, disse Martin Moszkowicz, um dos chefões da Constantin Film, no início deste ano.

Fonte: adorocinema

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