Com a chegada de Super Mario Bros. aos cinemas de todo o mundo, as discussões sobre adaptações de games é retomada de forma acalorada. Depois de muitos anos lidando com a “maldição” de tais projetos, hollywood finalmente acertou o passo e, aos poucos, começou a oferecer produções que faziam jus às obras originais – como é o caso recente de The Last of Us.
Próximo de se tornar a animação com a melhor abertura na história dos cinemas, caso bata os mais de US$ 300 milhões arrecadados por Frozen 2, o longa lançado nesta semana não é o primeiro a apresentar Mario e Luigi para novas audiências.
Há cerca de 30 anos, Rocky Morton e Annabel Jankel conduziram uma versão live-action do jogo com uma aventura um bocado distante do que as pessoas jogavam na época. Três décadas depois, a dupla revisitou o filme que não via desde o seu lançamento.
Fracasso de bilheteria e também considerado um dos piores filmes de todos os tempos por parte da crítica especializada, a adaptação mudou negativamente a carreira do casal. “Fomos abandonados por Hollywood depois de Super Mario Bros.”, disseram em entrevista à Variety. Apesar disso, em conjunto de fãs que agora o consideram um clássico cult, houve uma pequena ajudinha de um dos maiores cineastas da indústria para revisionar essas ideias: Quentin Tarantino.
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O diretor de Pulp Fiction organizou uma exibição do filme no início de março, no New Beverly Cinema. Ele citou os diretores em seu podcast, The Video Archives Podcast, em que revisita filmes antigos ao lado de Roger Avary. No programa, Tarantino aplaudiu o primeiro longa da dupla, Morto ao Chegar. “Acho que Quentin Tarantino entende de onde viemos, criativamente”, diz Morton. “É uma certa estranheza que não se encaixava muito bem na cena de Hollywood da época.”
Sobre a exibição, os cineastas ficaram positivamente surpresos. “Pensei que haveria 10 ou 20 pessoas lá”, disse Morton. “Mas estava lotado. Havia pessoas fazendo fila no quarteirão para comprar ingressos extras.” O realizador ainda citou que durante a projeção pessoas estavam “rindo e batendo palmas nos lugares certos”. “Foi como estar em um festival de cinema”, relatou Jankel. “Demorou 30 anos de um sentimento ruim para ser eliminado em uma noite.”
Hoje, Morton reconhece o valor de seu projeto. “Nossa conquista foi criar algo verdadeiramente original, mesmo que fosse baseado em um videogame. Foi engraçado, foi ficção científica, foi fantasia, foi uma história de amor. E acho que teve sucesso em todos esses elementos. E as atuações de muitos dos atores foram ótimas. Estou orgulhoso do filme e o mantenho”, relatou o realizador que nos últimos anos concentrou suas energias a trabalhar com comerciais de TV, projetos que renderam uma Palma de Ouro no Cannes Lions para a produtora MJZ, fundada anos após o fracasso de Mario.
Super Mario Bros. da universal e Illumination segue em cartaz nos cinemas de todo o mundo.
Fonte: adorocinema
