Unidos em corpo e alma! Depois que descobriu que era compatível, esse pai doou o rim para a filha e salvou a vida da jovem, de 27 anos. Os dois seguem em recuperação e o estado de ambos é considerado excelente!
A psicóloga Amanda Almeida Carvalho, moradora da Grande Vitória, no Espírito Santo, foi diagnosticada com a doença de Berger quando criança. A enfermidade se agravou e o rim dela parou. A hemodiálise já não era suficiente e Amanda precisaria de um transplante.
O paizão entrou em ação, topou ser o doador e o desfecho foi o melhor possível. “A primeira noite dela depois do transplante foi na minha casa. Quando vi ela dormindo, eu só ajoelhei no chão e agradeci a Deus porque a minha filha estava bem”, disse a mãe, Márcia Carvalho.
Doença de Berger
A família recebeu um baque quando soube que Amanda tinha Berger. Ela tinha apenas 9 anos na época.
“Aos nove anos, eu tive um resfriado e comecei a apresentar sangue na urina. Na época, todo médico falava que era uma virose, só que a minha mãe estranhou, ficou em cima para pesquisar o que era. A gente acabou chegando em um nefropediatra e foi levantada a hipótese de ser doença de Berger, que é uma inflamação na parte do rim”, explicou a jovem ao G1.
A doença inflama o órgão e a partir de uma lesão, acaba levando a uma insuficiência renal.
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Tentou hemodiálise
Na situação Amanda foi piorando e a solução era fazer hemodiálise.
A jovem era ligada a uma máquina, que filtra o sangue, remove as toxinas e excesso de sal e líquidos do corpo.
A equipe de um hospital de Vila Velha, onde a jovem estava internada, colocou o transplante no radar.
60 meses de espera na fila
Como o rim da menina parou, o transplante se tornou a última esperança.
A família foi avisada sobre a possibilidade e Jobe Fernandes Carvalho, pai de Amanda, na mesma hora pensou no tamanho da fila.
Hoje, no Brasil, a fila de espera para receber um rim é de 60 meses. Amanda não tinha esse tempo todo.
A compatibilidade com alguém da família poderia agilizar o procedimento. E assim foi feito!
Papai doador
A família procurou um doador e não demorou muito a encontrar. O paizão estava logo ali!
Depois do ato de amor para salvar a filha, ele olha para trás e vê que tudo valeu a pena.
Hoje, ele compara tudo que viveram com a conquista de um campeonato.
“O que aconteceu deve ser como marcar um gol aos 45 do segundo tempo, na Copa do Mundo, com oito jogadores em campo. Você chegar ali e resolver, conseguir trazer paz e alegria para a família não tem preço. Ela é outra pessoa”, contou o homem.
A virada da família
Para Amanda, saber que o pai seria o doador tornou tudo mais fácil.
Ela, que antes estava receosa, ficou muito mais forte emocionalmente.
“É um processo que mexe muito com o emocional da gente, a gente fica ali apreensivo, de alguma coisa dar errado, eu tinha muito receio de rejeição do órgão, mas os médicos sempre deram suporte e passaram muita segurança para gente”, lembrou.
O transplante foi um sucesso e os dois já estão em recuperação.
Agora, eles estão mais unidos do que nunca. Amor para a vida inteira!
Como me tornar doador?
No Brasil, a doação de órgãos pode ser feita de duas formas: em vida ou em morte.
Qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde, pode se tornar um doador em vida.
Já no segundo caso, é importante manifestar a vontade de se tornar doador ainda em vida. Isso porque a doação só é autorizada com o consentimento da família.
Um único doador pode ajudar a salvar até dez pessoas.
Todos os órgãos do paciente vão para pessoas que estão na fila de transplante aguardando uma nova chance de viver.
A lista, organizada por estado ou região, é única e monitora pelo Sistema Nacional de Transplante.
Pense nisso.
Fonte: sonoticiaboa