Com compatibilidade perfeita, uma mulher conseguiu ser a doadora ideal de rim para o marido e agora comemoram 11 anos da cirurgia. Com o sucesso da operação, eles fundaram uma organização não governamental (ONG) para difundir os hábitos saudáveis e divulgar a importância da doação de órgãos, contando a história dos dois. É a celebração da nova vida.
Pam Smith doou o rim para o marido, numa cirurgia em 2013. Ao saber da compatibilidade, a mulher se declarou, mais uma vez, para o marido Antonio Smith.
“Ela me ligou e disse: ‘Querido, tenho boas notícias. Não sou apenas um par – sou um par perfeito.’ Acabou sendo um dos melhores dias da minha vida”, contou Antonio, de 63 anos, que é morador de Charlotte, Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
Doação
Depois da confirmação que a mulher era compatível para a doção de rim, foi marcada a cirurgia para 27 de março de 2013.
“No dia da nossa cirurgia, nós dois entramos muito calmos e confiantes de que tudo iria bem. Não tivemos arrependimentos ou medos”, lembrou Pam.
O marido disse se recordar só de momentos positivos. “A equipe foi muito profissional, experiente e solidária”, disse Antonio, acrescentando que o médico nefrologista Michael Etomi foi “incrível” e o acompanhou todo o tempo.
Segundo Antonio, a recuperação foi mais rápida do que imaginava.
“No dia seguinte, eu estava sentado conversando com o médico no meu quarto”, afirmou. “[O médico nefrologista] disse: ‘Faço cirurgias renais há 20 anos e nunca vi um rim mais bonito do que o que você tem. Se você cuidar dele, pode facilmente durar mais 50 anos.’”
Em 2015, marido e mulher cofundaram o Smith Bios Group, organização sem fins lucrativos que incentiva um estilo de vida saudável. Eles visitam principalmente igrejas afro-americanas e compartilham a história de transplante renal.
“Tentamos seguir o mesmo caminho, não apenas falar por falar”, diz Pam.
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Atualidade
Após 11 anos, os rins de Antonio funcionam acima de 80% e seguem sem complicações. Com o diagnóstico de diabetes, ele segue as prescrições médicas e faz controle da glicemia e da alimentação.
“No que diz respeito à minha saúde, estou ótimo”, relata. “O transplante fez uma diferença incrível na minha vida. Agora é muito mais fácil viajar e brincar com meus três netos.”
O cirurgião Vincent Casingal elogiou a parceria do casal que gerou resultados positivos na operação.
“Quando marido e mulher estão comprometidos com a saúde, obtemos alguns dos melhores resultados da cirurgia de transplante”, diz Casingal. “Toda a família está dedicada e totalmente investida nisso. Também dou muito crédito a Pam por se manter saudável.”
Doação
No Brasil, lista para transplantes tem mais de 60 mil pessoas, das quais 37 mil aguardam um rim compatível, de acordo com o Ministério da Saúde. Para ser um doador, basta autorizar e informar a família sobre tal desejo.
A doação de órgãos no país só é possível, se houver autorização do doador ou da família.
Há dois tipos de doador: o vivo e o morto. No caso do vivo, pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a própria saúde.
O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau, marido e mulher podem ser doadores.
Aqueles que não são parentes só serão doadores com autorização judicial.
No caso dos doadores mortos, vale para os pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (acidente vascular cerebral).
Informações do Atrium Health
Fonte: sonoticiaboa