Sophia @princesinhamt
Boas Ações

Garoto de 15 anos com metade do coração recebe coração artificial em cirurgia moderna

2024 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Um menino de 15 anos que nasceu com metade do coração e ganhou um ventrículo artificial, se tornou o 1° caso na América Latina. Sem o procedimento, os médicos davam apenas 2 anos de vida para ele!

Alexander Martinez já havia passado por três cirurgias e a expectativa de vida era baixa. Até que em setembro deste ano, a medicina e a tecnologia trouxeram uma notícia boa. O dispositivo que o garoto recebeu auxilia pacientes que sofrem com insuficiência cardíaca, segundo o Instituto do Coração, em São Paulo.

“Estou muito feliz, e a cirurgia está dando certo. Hoje estou em casa. Antes eu me sentia bem cansado. Hoje eu me sinto menos (cansado), agora posso andar. E mais para frente vou poder correr, fazer academia e achar uma namorada”, contou Alexander ao G1.

Dificuldade ao nascer

O estudante nasceu com ventrículo único funcional. A condição se caracteriza por um coração que não tem as duas câmaras de bombeamento funcionando separadamente.

Ao longo da vida, foram três cirurgias para manter o rapaz vivo.

O tratamento era bem difícil e a situação piorou bastante, evoluindo para um quadro de insuficiência cardíaca, quando o coração não consegue bombear o sangue em quantidade que o corpo precisa.

Uma muito difícil

Com a situação crítica, Alexander também desenvolveu hipoxemia, tendo um sangue com baixa oxigenação.

No caso do garoto, um não era indicado devido à ausência de uma artéria pulmonar.

Era preciso decidir entre não fazer nada e oferecer apenas conforto ao menino, ou fazer um procedimento de alto risco, mas que poderia melhorar significativamente a qualidade de vida dele.

“A artéria pulmonar esquerda (de Alexander) é totalmente fechada e o pulmão esquerdo, irrigado por vasos colaterais, apenas. Nesses casos, o transplante é contraindicado”, disse o médico Luiz Fernando Caneo, um dos responsáveis pelo jovem.

Cirurgia delicada

O procedimento até a cirurgia foi demorado. A equipe do InCor moldou uma peça com o formato do órgão do adolescente em impressora 3D.

O caso foi estudado também em imagens em softwares com realidade virtual durante dois meses.

Depois, Luiz levou a peça para um congresso nos Estados Unidos. Lá, discutiu com outros profissionais a cirurgia.

“Como o coração é grande, a dúvida que a gente tinha era de onde ia colocar o dispositivo, a posição como ia ficar”, explicou.

Após o congresso, e com a família já decidida em realizar a cirurgia, o procedimento foi feito em setembro.

Convênio médico

Outra barreira foi superar o convênio médico, uma vez que o SUS não realiza o procedimento.

O caminho era entrar na Justiça contra o plano, já que a única alternativa era a tentativa de sobreviver com o dispositivo importado.

“Seria caro conseguir um advogado para entrar com esse processo. Coincidentemente, trocou o chefe onde eu trabalho, e ele é advogado. Ele soube da causa através do futebol. O Alexander sempre acompanhava a gente no futebol, e esse meu chefe joga também. Quando soube do caso, ele falou: ‘Eu vou entrar com o processo e não vou cobrar nenhum real’. Conseguimos a autorização do convênio através da Justiça”, disse Alessandro Martinez, pai da criança.

Leia mais notícia boa

Alta e nova vida

No começo de dezembro Alexander teve alta e o momento foi super especial.

Na ocasião, ele recebeu uma camisa do São Paulo, clube do coração, autografada por todos os jogadores do elenco.

“Uma grande vitória. Vê-lo saindo do hospital e reabilitado para uma vida próxima do normal não tem preço. Estava condenado a ter uma vida horrível até a morte, e é muito gratificante. Eu acho que a equipe toda sentiu isso. O maior objetivo era mandá-lo para casa. Vai ter uma qualidade de vida muito boa”, comemorou o médico.

O retorno para casa também foi muito comemorado pela família. Os familiares prepararam uma reforma na casa e um churrascão.

“Quando a gente viu que ele estava super bem e que estava iminente a saída dele do hospital, começamos a preparar tudo para recepcioná-lo. Tinha locais como, tivemos que mudar um pouquinho a estrutura e, quando tivemos a notícia da alta, foi uma maravilha”, disse Alessandro.

O ventrículo artificial foi estudo com calma até que os profissionais tivessem a certeza de onde instalar o objeto. Foto: TV Globo.

O ventrículo artificial foi com calma até que os profissionais tivessem a certeza de onde instalar o objeto. Foto: TV Globo.

Com informaçoes de G1.

Fonte: sonoticiaboa

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.