Um trágico incidente ocorreu na Caverna Nutty Putty, resultando na perda da vida de John Edward Jones.
Este evento destaca os perigos envolvidos na exploração de cavernas, mesmo em locais conhecidos e frequentados por iniciantes e aventureiros experientes.
A espeleologia (do latim: spelaeum – caverna; logia – estudo) é a ciência dedicada ao estudo das cavidades naturais subterrâneas, conhecidas como cavernas.
Ela integra conhecimentos de diversas disciplinas, como topografia, geologia, biologia e arqueologia, essa área busca compreender a evolução das cavernas e de seus ambientes.
A espeleologia investiga as interações que envolvem as cavernas, abordando aspectos como sua forma, condições geológicas, vida presente e passada.
Também explora o potencial turístico do local, variações climáticas históricas, uso sustentável de recursos e a influência humana sobre esses ambientes subterrâneos.
John Edward Jones, um aventureiro e entusiasta da espeleologia de 26 anos, estava envolvido nesse campo científico.
Na noite de 24 de novembro de 2009, ele embarcou em uma aventura espeleológica com seu irmão Josh, amigos e familiares para explorar a Caverna Nutty Putty, localizada a cerca de 88 quilômetros de Salt Lake City, nos Estados Unidos.
A caverna é conhecida por sua consistência de solo semelhante a massa de modelar e grandes cavernas, sendo um destino apreciado por espeleólogos novatos e experientes.
Durante a expedição, o grupo optou por explorar uma seção desafiadora da Caverna conhecida como ‘O Canal de nascimento’, caracterizada por estreitos corredores que exigem que os exploradores se arrastem.
John, medindo 1,83 metros e pesando 90 quilos, tentou atravessar o que pensava ser o canal, mas, por engano, entrou em um corredor ainda mais estreito, com dimensões de apenas 25 cm por 45 cm.
Ao tentar atravessar um espaço estreito na caverna, John exalou para comprimir o peito, mas ficou preso quando inalou e expandiu o peito.
Preso de cabeça para baixo, ele não conseguiu avançar nem recuar, encontrando-se em uma situação desesperadora.
A situação se tornou uma intensa missão de resgate, envolvendo mais de 100 trabalhadores para extrair John do estreito corredor da caverna.
Equipes tentaram usar ferramentas de pressão no estreito túnel.
Durante a tarde, John estava quase fora da fenda da caverna, a alguns metros abaixo do solo, quando o cabo usado para retirá-lo se rompeu.
Durante esse breve período fora da fenda, os bombeiros conseguiram fornecer água e comida a ele.
No entanto, nas horas subsequentes, enquanto permanecia preso, as condições físicas de Jones deterioraram-se.
A operação de resgate, que se estendeu por mais de 28 horas, foi sem sucesso, resultando na morte de John Edward Jones em 25 de novembro de 2009.
A causa do óbito foi determinada como parada cardíaca, decorrente do estresse físico e da posição dentro da caverna.
Nas últimas horas, suas palavras e ações revelaram sua profunda preocupação com a família e o altruísmo que ele demonstrou mesmo diante de sua própria mortalidade.
Ainda durante as tentativas de resgate, John, consciente de sua situação crítica, expressou aos socorristas o temor de não sobreviver à situação.
Sua preocupação não se limitava a si mesmo, pois perguntou sobre o estado de saúde do socorrista Ryan Shurtz, ferido durante a operação.
A empatia de John em meio à sua situação crítica foi destacada quando demonstrou preocupação com o bem-estar de Shurtz, perguntando: “Ele está bem? Acho que ele se machucou muito.”
A tragédia se agravou quando os socorristas enfrentaram dificuldades para recuperar o corpo de John devido à estreiteza do corredor.
Em uma decisão sombria, seu corpo foi deixado na caverna, marcando um final solene para os esforços de resgate e adicionando uma dimensão trágica ao incidente.
Após o incidente, a Caverna Nutty Putty foi permanentemente fechada, tornando-se um memorial em homenagem a John e um lembrete contundente dos perigos associados à exploração de cavernas.
O fechamento destaca a importância da cautela e preparação nesse tipo de atividade, especialmente em ambientes imprevisíveis.
O selamento da caverna também simboliza o respeito pelo local como o último repouso de John, transformando-o em um memorial e um alerta para futuros exploradores de cavernas.
Fonte: curapelanatureza
