O Castelo de Dublin é um símbolo do antigo poderio britânico que foi subvertido para se tornar um prédio central na história da Irlanda independente – autonomia que só foi conquistada no século 20. Mesmo que hoje ele não seja mais a sede do governo, ainda é lá que eventos importantes, como a posse dos presidentes, seguem ocorrendo.
O prédio também continua sendo utilizado pela administração pública do país. Por isso, a visita acaba exigindo uma moderação de expectativas: embora a fortificação tenha mais de 800 anos de história, as áreas visitáveis são um tanto limitadas, já que boa parte da estrutura continua ocupada por escritórios.
História do Castelo de Dublin
A história do Castelo de Dublin se confunde com a própria expansão da cidade: com diferentes estruturas, ele existe desde 1204, e sua construção coincidiu com o período em que o povoamento se tornou a principal área habitada da Irlanda.
A fortificação tinha função defensiva e, originalmente, ficava em uma confluência de rios, em frente ao corpo d’água que dá nome à capital: Dubh Linn, em irlandês medieval com influências escandinavas, significava algo como “piscina negra”. Hoje, esse curso, que deságua no rio Liffey, não pode mais ser visto: está canalizado no subsolo do castelo.
Com o passar dos séculos, o Castelo de Dublin serviu como sede dos governos britânicos em solo irlandês até a independência da República da Irlanda, em 1922. Já a estrutura em si foi inteiramente renovada ao longo dos séculos 17 e 18, com o único resquício óbvio da estrutura medieval sendo a Record Tower, uma torre circular do século 13 (embora as ameias do topo também sejam mais recentes, erguidas com fins estéticos somente no século 19).
Hoje, embora ainda sedie escritórios administrativos, o Castelo de Dublin não está mais no centro do poder irlandês e exerce uma função principalmente cerimonial: recebe a posse dos presidentes, eventos de Estado (como recepções a dignitários estrangeiros ou funerais de antigos mandatários) e abre as portas para os escritórios temporários da União Europeia quando o país acolhe a presidência rotativa do bloco.
Visita ao Castelo de Dublin
Existem dois tipos de visitas ao Castelo de Dublin, a regular e a guiada.
A visita regular pode ser feita diariamente, das 9h45 às 17h45 (última entrada às 17h15). O ingresso custa € 8 para adultos, € 6 para maiores de 60 anos e € 4 para adolescentes de 12 a 17 anos. Menores de 12 anos têm entrada gratuita. É possível reservar ingressos com até 15 dias de antecedência pelo site.
O passeio é bem curto: mesmo para quem vai sem pressa, dura cerca de 30 a 40 minutos porque se limita às exibições permanentes e temporárias e aos salões principais dos State Apartments, a antiga residência e sede governamental. Há um audioguia (sem custo adicional) para aprender um pouco mais sobre o local.
Já a visita guiada acontece diariamente, das 10h às 16h, e custa € 12. Mas, nesse caso, não é possível reservar com antecedência: é preciso comprar o ingresso no próprio dia da visita.
Mais longa, durando cerca de uma hora, a visita guiada inclui acesso à Chapel Royal, uma capela em estilo gótico do século 19, e ao chamado Medieval Undercroft, uma área subterrânea que permite visualizar as paredes e fundações medievais do castelo, escondidas pelo solo para quem vê o edifício de fora.
A dica é incluir o Castelo de Dublin em um roteiro mais amplo pela parte central da cidade, fazendo um dos vários walking tours que percorrem a região e, quem sabe, terminar no famoso pub Temple Bar, a pouco mais de cinco minutos de caminhada do castelo.
Fonte: viagemeturismo