Com pouco mais de 900 mil km² de extensão territorial, Mato Grosso reúne em seus 141 municípios uma variedade enorme de paisagens e atrações que valem a pena ser conhecida. Pensando nisso, o preparou uma lista de passeios “bate e volta” para você poder renovar as energias sem se preocupar com o tempo de viagem ou até mesmo os gastos!
O primeiro passeio que vamos trazer para esta série fica bem aqui do lado de Cuiabá, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães: o Circuito das Cachoeiras.
Circuito das Cachoeiras
O atrativo é formado pelas águas do córrego Independência, que desce cortando o cerrado formando seis cachoeiras: 7 de Setembro, Pulo, Degraus, Prainha, Andorinhas e Independência.
Repleto de paisagens de tirar o fôlego, o passeio conta ainda com duas piscinas naturais, entre a cachoeira da Prainha e a das Andorinhas. Todo o circuito é liberado para banho – exceto a Cachoeira Independência.
As trilhas do circuito, que podem ser acessadas a partir de uma que se inicia na portaria principal do parque nacional, localizada no Véu de Noiva, a 67 km da capital.
Ao chegar ao posto de informação e controle do local, os visitantes devem ler e assinar os termos de conhecimento de risco.
A guia de turismo Márcia Marisa Bortoluzzi, reconhecida pelo ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) como condutora de pessoas, explica que o percurso possui em torno de 6 km de trilha moderada.
“Por ter acesso ao leito do rio e ter degrau de pedra, degraus altos, e tipo de solo que não é muito arenito, com mais cascalho, a trilha é considerada moderada para caminhada. No geral qualquer pessoa consegue fazê-la. Temos visto um público de todas as idades, a questão maior são algumas pessoas indo sem informação” destaca.
Desde 2021 não é preciso estar acompanhado de um guia para conhecer o atrativo. As pessoas podem fazer sozinhos conforme as orientações e sinalizações do local. Porém Márcia reforça algumas orientações que ajudam a garantir mais segurança aos visitantes.
“Elas não vão preparadas no contexto de não estar de tênis, às vezes não estar com uma roupa de proteção adequada, um boné, levar o protetor [solar], porque aqui é sol do cerrado. A gente orienta as pessoas passando um check list. (…) não é permitido som, não é permitido levar comida de vasilhas então só lanches leves: barrinha, fruta, etc”, explica Márcia.
Não é necessário o agendamento prévio. O visitantes poderão entrar de 08h30 à 12h ou até o alcance do limite diário de visitantes, que é de 150 pessoas. A saída é até 16h.
Ainda conforme a guia, no geral as cachoeiras do circuito possuem quedas pequenas para médias, com fossos – áreas de banho; a quantia de água que fica empoçada para que você possa nadar – de médio porte, por isso é importante tomar cuidado e se precaver.
“Em todas elas não é permitido pular. É uma orientação geral que se dá em poço que você não tem visibilidade, que não tem grandes profundidades. Não é permitido fazer brincadeira de ficar pulando do barranco. Essa é uma orientação de segurança, isso é muito comum nas brincadeiras e muito suscetível à acidentes graves”, orienta a guia.
Além de se refrescar nas águas geladas do atrativo, os visitantes também podem aproveitar o percurso para aprender mais sobre o bioma Cerrado que com uma rica variedade de plantas e animais, abrange grande parte do estado.
Bortoluzzi relembrou a importância do zelo e cuidado que é preciso ter para visitar o espaço, como recolher todos os resíduos gerados lá dentro.
“Regras de Parque Nacional, onde eu sei que é uma unidade de conservação: nada se tira e nada se leva, além de fotografias. Você não pode deixar nem casca de banana, nem miolo de maça, por exemplo, porque isso atrai abelha entorno da área de lazer da cachoeira, atrai ratazana que é alimento de cobra, então você estaria atraindo uma cobra para próximo da trilha, por isso tem essas orientações”, reforçou.
Não é permitido ainda o acesso com armas de fogo, facas, animais domésticos ou drones.
Atenção para o período de chuvas
“No período de início das chuvas tem que tomar cuidado, porque ás vezes eles tem uns princípios, não chega a ser tromba d’agua com violência, mas é uma mudança de fluxo de água então é importante que as pessoas que estejam na trilha nessas temporadas, chuvas de verão, que elas fiquem atentas à segurança”, concluiu.
Fonte: primeirapagina
