Sophia @princesinhamt
Tecnologia

Uma lição para quem está de quarentena em casa

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Estamos nesse momento vivendo uma situação um tanto quanto diferente do normal. Passar dias, semanas ou, quem sabe, meses dentro de nossas casas de quarentena não é algo tão fácil.

Eu que já trabalho da minha própria casa há quase 10 anos passei os últimos dias completamente desestruturado, distraído, ansioso e buscando entender esse momento.

No entanto, agora estou começando a lembrar das minhas próprias lições sobre trabalho remoto e me deu vontade de compartilhar com vocês algo que para mim está muito forte:

Podemos transformar esse momento de acordo com nossos esforços.

A natureza da vida é incerta

O que uma situação de insegurança e incerteza como essa nos mostra é o quão frágeis somos; e isso é uma coisa muito boa.

É algo bom porque a ciência, a religião e até nossas culturas nos trazem certezas sobre a vida ao responder as perguntas:

Mas, no fundo, nunca foram certezas. Simplesmente diretrizes que, ao nos ensinar, esqueceram de informar que eram apenas uma visão do mundo.

A natureza da vida é incerta. É imprevisível.

O próprio , mas parece que muitos cientistas, professores e pesquisadores focam tanto naquela compreensão atual da realidade que esquecem que ela pode ser refutada a qualquer momento por avanços tecnológicos, novas ideias ou até mesmo influências externas.

No momento atual, estamos tendo nossos conceitos de segurança, economia, prioridade e socialização questionados por uma influência externa.

Um vírus que mostra que há coisas mais importantes do que nossos projetos, mais importante do que nossos relacionamentos e mais importante do que nossa liberdade.

Enclausurados, não sabemos se a situação do nosso país será crítica ou amena em comparação com outros países. Não sabemos se daremos sorte por “Deus ser brasileiro” ou se o descaso de alguns vai tornar a situação extremamente difícil.

E o ponto desse texto, na verdade, é dizer que temos sim responsabilidade tanto com nossas ações quanto com o que espalhamos. No entanto, não temos controle de tudo.

Conseguimos ficar em casa.

Conseguimos não divulgar qualquer informação ou fake news.

Conseguimos nos informar com fontes confiáveis.

Conseguimos ajudar pessoas que precisam.

No entanto…

Não conseguimos coagir os outros a mudar.

Não conseguimos parar o vírus.

Não conseguimos salvar todo mundo.

E isso tudo é muito difícil porque ninguém está pronto para uma situação dessas.

Viver com a incerteza é um desafio. E é como lidamos com esse desafio que vai determinar que tipo de pessoa seremos no futuro.

O que você tem controle

Se agora você está – como eu – dentro de sua casa sem poder sair, pode ser que você:

Esses são alguns dos sentimentos que observei serem muito comuns entre pessoas ao meu redor e/ou que compartilharam publicamente.

E está tudo bem. É difícil mesmo.

Porém, agora já em quase uma semana de quarentena – e com o prospecto de mais alguns meses pela frente em alguns lugares – esperançosamente a cabeça está começando a entender que teremos que fazer o que nós humanos fazemos de melhor:

Adaptar.

Se há algo que grande parte de nós temos o controle hoje, que talvez antes muitos de nós não tinha, é do nosso tempo.

Não há necessidade de gastar horas com trânsito.

Não há necessidade de almoçar no horário que o restaurante está aberto.

Não há necessidade de seguir um padrão todos os dias.

Para muitos, o trabalho continua, mas provavelmente também tem mais liberdade de fazê-lo no seu ritmo.

Pra outros muitos, não há mais trabalho. O que por um lado é complicado financeiramente, mas por outro haverá um tempo ainda maior disponível.

As preocupações continuam, as ansiedades continuam e o vírus também se prolifera. No entanto, se há algo que temos controle é como vamos utilizar do nosso tempo nesse momento.

Uma lição para a quarentena

Ao viajar o mundo e trabalhar anos de casa, eu acabei realmente passando muitos dias praticamente direto em casa. Em especial em épocas de inverno nos países do hemisfério norte, cheguei a passar realmente semanas praticamente só em casa.

Muitas vezes, em países distantes, eu não sabia se teria trabalho já que sou freelancer e não sabia que familiares ficariam bem porque estavam doentes.

É complicado?

Depende.

De todos esses momentos, ficar em casa foi muito complicado apenas quando eu não tinha um propósito cujo o fato de estar em casa era benéfico.

A partir do momento que eu tinha um objetivo que, ao ficar em casa, eu conseguia avançar com esse objetivo, aí o momento se tornou prazeroso e interessante.

Ao meu ver, podemos olhar para essa quarentena de duas formas:

Ansiedade ou oportunidade.

Como ansiedade, podemos:

No entanto, também pode ser uma oportunidade de:

Como comentei, é claro que a preocupação existirá. Se você tem pais idosos, naturalmente é uma situação que nos coloca em um estado ansioso pela incerteza da saúde deles.

Se você não possui uma reserva financeira e não consegue trabalhar, é claro que pode bater uma depressão pela incerteza de como fará para manter as contas em dia.

Mas o caso é que para algumas dessas incertezas simplesmente não há tempo de preocupação e ansiedade que vai nos colocar um passo adiante para resolvê-las.

Pois que seja esse momento uma oportunidade para buscar formas de resguardar ou até resolver esses problemas.

Então, a lição que estou me lembrando agora da minha jornada de trabalho e vida em casa é:

Para momentos de incertezas, o melhor que podemos fazer é focar naquilo que conseguimos ter controle, esperançosamente em algo que nos coloque para cima, nos instigue a esperança e que nos faça sentir que podemos contribuir.

É fácil falar? Extremamente fácil. Agir é difícil, mas não impossível.

Estou no mesmo caminho e não faço ideia de como as coisas vão ficar, mas estou buscando me orientar para a ação ao contrário da resignação.

Faz sentido? Me conta nos comentários e continuamos a discussão por lá.

Divirta-se!

Fonte: andrelug

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