A primeira década dos anos 2000 vai ser muito importante para o que James Gunn está construindo no DCU, e a prova disso é a escolha da fase do Grant Morrison nos quadrinhos como principal inspiração para a nova versão do Batman.
Se de um lado vamos continuar a ter o Homem Morcego sendo adaptado de maneira mais sombria e realista na “saga policial” de Matt Reeves, por outro veremos uma versão mais colorida e deslumbrante do herói, remetendo bastante à Era de Prata da DC nos quadrinhos.
Destaque para a Bat-Família
O próprio James Gunn afirmou que a “Bat-Família” vai ser uma realidade no DCU, e certamente esse elemento vai ter destaque na narrativa do vindouro filme.
No começo da fase do Morrison, o tema gera conflito, com Damian Wayne obcecado em matar Tim Drake, o Robin da época. Logo, é de se esperar que a ideia seja aproveitada.
Além de Tim, outro membro da “Bat-Família” que tem uma relação muito interessante com Damian é Dick Grayson, que assume o manto do Batman justamente quando o filho de Bruce vira o Robin titular.
Ver Dick como Homem-Morcego agora é algo descartado, porém, o personagem pode sim ser aproveitado, já que ele é uma figura muito importante para a formação de Damian nos quadrinhos.
Aliás, não seria nenhum absurdo se o filme ignorasse Tim Drake, e tivesse Dick Grayson como ajudante do Batman, em seus últimos dias de Robin, pouco antes de virar o Asa Noturna.
De pai para filho
Bruce não participou dos primeiros momentos Damian como Robin nos quadrinhos, pois acabou sendo “morto” em Crise Final, antes que pudesse ter essa chance.
Porém, o começo da fase de Grant Morrison mostrou uma dinâmica muito interessante de pai e filho, que deve ser o coração do filme do DCU.
Imagina você ser alguém que tem como filosofia não matar, e se ver obrigado a lidar com a revelação de que tem um filho, e que ele foi induzido e treinado a vida inteira para ser um assassino?
Esse conceito gera cenas muito divertidas, onde o Batman tem que se esforçar para conseguir lutar contra o próprio filho, que não tem uma personalidade muito fácil.
Vem Corporação Batman por aí?
Um dos principais temas que Grant Morrison estabelece em sua jornada com o Batman, é que qualquer um pode assumir o manto do Homem Morcego, porém, apenas Bruce Wayne consegue lidar com o fardo que o símbolo carrega.
Para isso, o autor teve que desenvolver a Corporação Batman, que pode ser uma ideia muito interessante para cinema e TV.
A Corporação surge quando Bruce toma a atitude de anunciar que sempre financiou o Batman, e que vai financiar mais versões do herói ao redor do mundo, visando melhorar o combate ao crime em diferentes locais do planeta.
Aconece que, Bruce tomou essa medida na verdade para limpar seu nome perante ao público, após o líder da organização criminosa, Luva Negra, Doutor Hurt, promover uma campanha de difamação contra o bilionário.
Essa ideia pode facilmente ser explorada ao longo do vindouro filme, que pode terminar sugerindo a formação da Corporação Batman no DCU.
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Inspirado no arco de quadrinhos de Grant Morrison, The Brave and the Bold é “a introdução do Batman ao Universo DC”, disse Gunn.
Ao contrário da versão desenvolvida por Matt Reeves, que está no início de carreira, aqui veremos um Cavaleiro das Trevas estabelecido à frente da “Bat-Família”.
A ideia da equipe criativa é mostrar uma “história muito estranha de pai e filho”, introduzindo Damian Wayne, filho de Bruce Wayne cuja existência era desconhecida. O jovem decide assumir o manto do Robin para ajudar no combate ao crime em Gotham.
“Damian é meu Robin favorito”, acrescentou Gunn. “É baseado na fase dos quadrinhos de Grant Morrison, que é uma das minhas favoritas de todos os tempos.”
Fonte: terra gameon