A requalificação de orlas marítimas e fluviais é um passo importante para a transformação também de áreas urbanas. Um exemplo é Muscat, cidade portuária em Omã, localizada no golfo. Sua reformulação inclui um novo megaporto.
O objetivo é recuperar e preservar a vegetação nativa. Com a renovação, espera-se gerar um ganho de 10% em termos de biodiversidade.
Em fase de elaboração, o novo projeto arquitetônico prevê, por exemplo, sistemas de gerenciamento de tempestades e estruturas de quebra-mar.
Outro aspecto relevante do novo projeto é o design, elaborado para facilitar o uso eficiente de água e energia — esta última gerada por meio de painéis solares.
Cercado por montanhas e deserto, o complexo portuário de 3,3 milhões de metros quadrados abrigará residências suficientes para acomodar 65 mil pessoas. Também haverá uma espécie de distrito cultural e instalações recreativas à beira-mar.
A revitalização da zona portuária Muscat faz parte dos investimentos que o país da Península Arábica vem fazendo. Nos arredores da capital, surgirá um novo bairro, denominado Sultan Haitham City.
Responsável pelo projeto de arquitetura e urbanismo do local, o escritório norte-americano Skidmore, Owings & Merrill (SOM) prevê a criação de 20 mil casas. Faz parte também do novo projeto a criação de uma universidade, escolas, instalações de saúde e mesquitas.
O complexo imobiliário, em fase de implantação, ocupará um terreno não urbanizado, em Al-Seeb, nas proximidades de Muscat. O projeto seguirá os moldes de uma cidade inteligente, com a integração entre recursos tecnológicos e de infraestrutura.
O objetivo é conseguir coletar dados em tempo real, por meio de sensores espalhados pela cidade. A partir destas informações, é possível monitorar e melhorar o tráfego de veículos, a qualidade do ar, a energia e a gestão dos resíduos, entre outros aspectos.
A primeira etapa do projeto tem previsão de entrega para 2030, enquanto a fase final deve ser em 2045.
Fonte: revistaoeste