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Tecnologia

Facebook, empresa de Mark Zuckerberg, é acusada de desrespeitar a Lei de Proteção de Dados

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A recém-lançada rede social concorrente do Twitter, o Threads, tornou-se alvo de investigação da (ANPD).

Em razão de uma política de privacidade do usuário que viola diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a ANPD colocou a Meta, criadora do aplicativo gerenciado por Mark Zuckerberg, na lista de observação. Isso ocorreu por causa do tratamento com os dados pessoais dos usuários.

O que é a LGPD, que a empresa de Zuckerberg viola?

A LGPD, em vigência desde agosto de 2020, é a legislação que visa a assegurar os direitos fundamentais de liberdade e privacidade.

Além disso, a lei cria um ambiente de segurança jurídica. O objetivo é normatizar regulamentos para proporcionar a proteção aos dados pessoais de todo cidadão brasileiro. Já a ANPD é o óão encarregado de fiscalizar o cumprimento da lei e punir os infratores.

Empresa Zuckerberg LGPDEmpresa Zuckerberg LGPD
o Threads, tornou-se alvo de investigação da Nacional de Proteção de Dados | Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

A Coordenação-Geral de Tecnologia e Pesquisa da ANPD teve a iniciativa de verificar a manipulação dos dados pessoais de usuários da Meta por meio do Threads.

A iniciativa ocorreu pela preocupação de diversos especialistas do setor, os quais desconfiaram que a plataforma tem se excedido na coleta de dados sem uma justificativa considerável.

O advogado especializado em Direito Digital e Proteção de Dados e sócio do escritório Gotke Alexander Coelho analisa que há uma coleta de dados excessiva por parte das corporações, o que fere as normas vigentes.

Em especial, o suposto abuso implica diretamente o descumprimento da lei, que restringe a coleta de informações aos dados considerados vitais para o funcionamento do app.

“O novo aplicativo da Meta coleta informações desnecessárias para atender à sua finalidade, como, por exemplo, os dados relacionados a saúde e bem-estar, compras, informações financeiras, localização, contatos, histórico de buscas e conteúdo gerado pelo usuário”, diz Coelho. “Por causa disso, o Threads está na mira da ANPD.”

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Advogado Alexander Coelho | Foto: /LinkedIn

Outro fator indicado pelo advogado é o Threads não solicitar de forma transparente os dados relacionados à saúde dos usuários. Essas informações são promovidas em anúncios ou divulgadas com outras empresas sem que o usuário esteja ciente.

Além disso, Coelho salienta a exclusividade para ingressar no aplicativo. Somente consegue utilizar o Threads quem já possui conta em outras redes da Meta, como o Instagram. Dessa forma, não é possível se cadastrar por e-mail ou por outro meio de identificação.

“Na prática, isso implica a transferência de dados pessoais de uma rede social para outra”, analisa Coelho.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

O especialista acrescenta que toda a polêmica começou com o atraso do lançamento da Meta na Europa. Antes, o app havia sido lançado simultaneamente no Brasil, nos EUA e no Japão.

Segundo Coelho, isso ocorreu porque a Meta não estava certa de que seguia todos os requisitos da Lei dos Mercados Digitais. Recentemente implantada, essa lei estabelece um conjunto de novas regras para a operação de grandes plataformas on-line na União Europeia.

“Um dos principais problemas é a forma como o Threads importa dados do Instagram, prática que é proibida na União Europeia pela nova lei”, afirma Coelho.

Leia também: Threads, o ‘rival’ do Twitter, perde metade dos usuários

Fonte: revistaoeste

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