Ame ou odeie, Avatar já é considerado um marco na história do cinema, pelos mais diversos motivos. Seja por sua inovação no 3D, seu recorde absurdo de bilheteria ou simplesmente pela demora do diretor James Cameron em lançar uma sequência, Avatar é histórico.
E embora muita gente considere que falta história e real substância na franquia de Cameron, a verdade é que seu brilho está mesmo na construção de mundo, na relação entre personagens e no debate ambiental que o diretor propõe através de sua obra. No vídeo de hoje, trazemos 10 curiosidades sobre Avatar.
10 – Roteiro escrito em 1994
O primeiro roteiro de Avatar foi escrito por James Cameron em 1994, mas ele sabia que a tecnologia para dar vida à sua visão naquela época era muito cara ou simplesmente ainda não existia. Levaria anos até que Cameron se convencesse de que estava chegando a hora de finalmente tirar sua mais ambiciosa ideia do papel.
Isso aconteceu somente quando O Senhor dos Anéis, de Peter Jackson, chegou aos cinemas. Uma das realizações mais incríveis da trilogia é a criação de Gollum, interpretado com maestria por meio de captura de movimento por Andy Serkis. Seu excelente desempenho combinado com a surpreendentes computação gráfica foi um passo incrível para os efeitos especiais; e James Cameron sentiu isso. Em uma entrevista para a EW , Cameron afirmou que ver Gollum no cinema foi o que o convenceu de que Avatar era possível.
9 – A busca pelo protagonista
Quando Avatar finalmente estava em produção, Cameron e companhia começaram a escalar o papel principal de Jake Sully, o ex-fuzileiro naval que troca sua cadeira de rodas pelo corpo de três metros de um alienígena azul. A primeira escolha de Cameron para Jake foi Matt Damon, a quem ele ofereceu um contrato no valor de 10% da receita do filme. No entanto, Damon – que já estava comprometido em filmar O Ultimato Bourne – recusou.
Cameron então ampliou sua lista. Jake Gyllenhaal rejeitou Avatar para estrelar o criticado Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo. Três dos Chrises de Hollywood – Evans, Pine e Pratt – também tentaram ser Jake Sully, assim como Channing Tatum. Os testes de Pratt e de Pine não foram bons. Evans e Tatum acabaram chegando à rodada final, mas o personagem foi para o estreante Sam Worthington, que abandonou o sotaque australiano para o papel.
Definir o visual dos Na’vi foi um desafio à parte. Os nativos de Pandora precisavam ter uma aparência tão sobrenatural quanto o resto da flora e fauna do planeta, mas seu design apresentou a Cameron e aos artistas do filme um desafio adicional.
Isso porque no coração de Avatar está uma história de amor entre espécies, com o humano Jake Sully e a Na’vi Neytiri. Para o filme funcionar, o romance também precisava funcionar. Cameron queria que os nativos de Pandora parecessem totalmente alienígenas, mas também tinham que ser atraentes para Jake e para o público.
Ele concebeu algo com pele azul, orelhas de gato, olhos de lêmure e uma forma anfíbia. Os primeiros rascunhos eram muito animalescos, enquanto os rascunhos subsequentes pareciam muito com pessoas normais azuis. Os animadores, trabalhando com modelos físicos e maquetes digitais, criaram entre 50 e 60 versões de Neytiri antes de definir a aparência final dos Na’vi.
7 – Religião
A palavra avatar vem do sânscrito e é usada para descrever seres divinos que assumem a forma humana para restaurar o equilíbrio por meio de boas ações. Cameron também fez o povo Na’vi azul como uma homenagem a Vishnu, o deus hindu que sustenta o universo.
Da mesma forma, navi é uma palavra hebraica que significa “profeta”, e os Na’vi do filme adoram uma divindade chamada Ey’wa, que é Yahweh – um dos nomes do Deus hebraico – transposto. Além disso, Cameron continuou sua própria tradição de nomear heróis usando símbolos cristãos. Isso inclui Bishop em Aliens e Monk em O Segredo Abismo, e embora ele nunca tenha confirmado isso, Dr. Augustine pode ser uma referência a Santo Agostinho, o emissário de Roma para levar o cristianismo à Inglaterra.
Muitas vezes leva séculos para formar línguas, que são constantemente recontextualizadas à medida que o tempo avança. Mas o linguista Paul Frommer não teve o luxo do tempo quando trabalhou no Avatar de James Cameron. Apresentando o planeta lindamente primitivo de Pandora, habitado pelos Na’vi, Cameron decidiu criar uma linguagem totalmente nova para essa espécie distante, e tudo começou do zero. Para isso, Frommer criou mais de mil palavras.
Apesar de ensinar ao elenco suas falas, ele sentiu que era o único que realmente conhecia o idioma e desejou que a base de fãs se interessasse o suficiente para aprendê-lo, como fizeram com Klingon, Dothraki e outras línguas fictícias. Bem, digamos que os fãs estão definitivamente aprendendo a falar Na’vi graças a aplicativos e sites que prometem fluência em menos de três meses.
5 – A botânica de Pandora
Indiscutivelmente, a coisa mais memorável sobre “Avatar” é o design de produção das florestas naturais intocadas de Pandora. Para dar vida às paisagens místicas, Cameron contou com a experiência de uma botânica, a Dra. Jodie Holt, presidente do departamento de botânica e ciências vegetais da Universidade da Califórnia.
A pedido de Cameron, ela incorporou o máximo possível de ciência à botânica de Pandora. Ela raciocinou que uma lua com forte atração magnética, baixa gravidade e uma atmosfera densa poderia ter uma vida vegetal superdimensionada (como as árvores incrivelmente altas de Pandora) que se estenderia até a luz do dia disponível. O ecossistema sob o dossel seria escuro, então as plantas poderiam evoluir para serem bioluminescentes.
Se você está confuso sobre como diferenciar um Avatar de um Na’vi, há uma distinção bastante simples. Os Na’vi são a raça de pessoas que habitam Pandora, uma lua no sistema estelar Alpha Centauri. Avatares são híbridos humanos/Na’vi usados por cientistas humanos para explorar Pandora para localizar unobtanium, uma fonte de energia extremamente necessária na Terra.
Como os Avatares são híbridos humanos, eles apresentam características ligeiramente diferentes dos Na’vi. Eles têm muitas das mesmas habilidades, mas possuem características que são importantes para os humanos, como dedos extras e sobrancelhas. Pois é, enquanto um Na’vi tem apenas quatro dedos, um Avatar permanece com os cinco de um humano, além de manter nosso característicos pelinhos em cima dos olhos.
3 – Os cigarros de Sigourney Weaver
Uma quantidade incrível do filme foi cgi, incluindo os cigarros que a Dra. Grace Augustine (Sigourney Weaver) fuma. Nos comentários do DVD, Cameron explica que Weaver teve que fingir fumar; os cigarros e sua fumaça foram adicionados digitalmente posteriormente. Cameron escolheu usar cigarros CGI para que Weaver não precisasse realmente ter um cigarro aceso na mão.
O diretor, no entanto, recebeu muitas críticas pela quantidade de fumo mostrada em tela. Em resposta a essas críticas, Cameron declarou que, como artista, não acredita na ideia dogmática de que ninguém deveria fumar em um filme. Se é normal pessoas mentirem, roubarem e matarem no cinema, seria hipócrita forçar uma moralidade quando se trata de fumar.
2 – Custou muito (mas arrecadou muito também)
No final de sua bilheteria, Avatar havia ultrapassado Star Wars, Jurassic Park e Titanic. O filme arrecadou mais de $2,7 milhões em todo o mundo, com a maior parte dos lucros vindo de mercados estrangeiros. Avatar tornou-se a maior bilheteria de todos os tempos.
Foi também o filme mais caro já produzido na época de seu lançamento, custando US$ 237 milhões. No entanto, Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, que foi lançado dois anos depois de Avatar, roubou o primeiro lugar com um orçamento de $ 410 milhões.
1 – A demora da sequência
Talvez a sua maior dúvida sobre Avatar seja “por que demorou tanto para sair a sequência?” Bom, existe uma resposta lógica. Em vez de ter a ação ocorrendo principalmente no solo, como no primeiro filme, a maior parte de Avatar 2 ocorre debaixo d’água.
A filmagem subaquática apresenta dificuldades, seja em live-action ou CGI, e Cameron teve que esperar até descobrir como criar algo que parecesse tão inovador quanto o original, especialmente no que envolvia captura de movimentos e desempenho facial.
Falando ao Collider em 2017, ele assumiu que sempre que você adiciona água a qualquer situação, o problema fica dez vezes mais difícil. Então, basicamente, Cameron levou aí alguns anos enquanto esperava a tecnologia e os equipamentos evoluirem mais um pouco para conseguir entregar de forma fiel aquilo que ele tinha em mente.
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Fonte: terra gameon
