O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá, defendeu o empresário Domingos Brazão, . A delação à Polícia Federal (PF) foi divulgada nesta semana.
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Atualmente, Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Ele também já atuou como político, é ex-deputado federal e foi candidato à prefeitura da capital fluminense.
Em artigo publicado no site Agenda do Poder, o dirigente do PT disse não acreditar que Brazão é o mandante do crime contra Marielle e pediu provas das acusações. Ele tenta ligar o assassinato ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Sinceramente, não creio que ele tenha cometido tal brutalidade”, afirmou Quaquá. “Espero que as acusações que estão lhe fazendo não sejam validadas com base apenas na delação de um assassino ligado ao bolsonarismo. É imprescindível que se apresentem provas concretas que possam confirmar a delação.”
Quaquá e Brazão se conhecem e já atuaram em campanhas eleitorais juntos, como assumiu o petista. “Conheço o Domingos Brazão de longa data”, disse o vice-presidente do partido. “Inclusive de campanhas eleitorais nacionais, onde ele esteve ao nosso lado.”
Brazão tem um histórico com o PT. Em 2010, por exemplo, fez campanha para a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Ele chegou a exibir adesivos da petista em carreatas ao lado de Eduardo Cunha.
Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle e o motorista Anderson Gomes, No acerto com as autoridades, delatou Brazão como mandante do crime.
A então vereadora carioca pelo Psol foi assassinada na noite de 14 de março de 2018. Na ocasião, Lessa efetuou disparos contra o carro em que a psolista estava. Além dela, o motorista morreu.
Diante da informação a respeito da acusação por parte de Lessa, o advogado Márcio Palma, que representa Brazão, afirmou que não tomou conhecimento da delação premiada. Segundo o jornal Estado de Minas, Palma afirmou que só está sabendo do caso pela imprensa e que o seu pedido de acesso aos autos do processo foi negado pela Justiça.
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O site The Intercept Brasil divulgou como certo o acordo de Lessa com a PF, mas a delação premiada precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Essa não é a primeira vez que o nome de Brazão é ligado ao caso Marielle. Em setembro de 2019, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou denúncia criminal contra o já conselheiro do TCE-RJ e outras quatro pessoas. De acordo com ela, seria preciso “apurar indícios de autoria intelectual” de Brazão no duplo homicídio.
Fonte: revistaoeste