Conteúdo/ODOC – O vereador Pablo Pereira (União), de Várzea Grande, foi liberado da prisão nesta segunda-feira (13) após decisão do desembargador Gilberto Giraldelli, mas terá que usar tornozeleira eletrônica. O parlamentar, que havia sido preso no dia 20 de setembro durante a Operação Gota D’Água, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), também está proibido de frequentar a sede da Câmara Municipal, a Prefeitura de Várzea Grande e o Departamento de Água e Esgoto (DAE-VG).
Conforme o despacho do magistrado, a prisão preventiva de Pablo foi substituída por medidas cautelares, entre elas o monitoramento eletrônico e a proibição de acessar qualquer órgão público vinculado à administração municipal de Várzea Grande.
O vereador foi apontado pelas investigações como um dos líderes de um esquema criminoso que teria provocado um prejuízo de mais de R$ 11,3 milhões aos cofres públicos desde 2019. De acordo com a Polícia Civil, Pablo Pereira utilizava sua influência política para favorecer o grupo, principalmente na Diretoria Comercial do DAE, onde servidores teriam manipulado valores de faturas de água e excluído débitos de consumidores em troca de propina.
As apurações também indicaram que o vereador teria utilizado a estrutura da autarquia municipal para impulsionar sua campanha de reeleição, envolvendo diversos servidores na captação ilegal de recursos.
A Justiça determinou ainda que uma cópia da investigação seja encaminhada ao Ministério Público Eleitoral para a adoção das medidas cabíveis.
Operação Gota D’Água
Deflagrada pela Deccor, a Operação Gota D’Água resultou em 11 prisões preventivas, além de 18 ordens de afastamento de funções públicas e 25 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a 22 pessoas investigadas. Segundo a polícia, o grupo criminoso atuava no DAE-VG, onde servidores cobravam valores indevidos por serviços que deveriam ser prestados gratuitamente à população, além de manipular as faturas de água em benefício próprio.
A investigação aponta que esses crimes vêm sendo cometidos desde 2019 e que parte significativa dos servidores da autarquia estava envolvida no esquema, aproveitando-se da prestação de serviços de saneamento para extorquir valores ilegais dos consumidores.
Fonte: odocumento