Conteúdo/ODOC – O Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou, nesta segunda-feira (23), soltura do vereador por Várzea Grande, Pablo Pereira, que foi preso na última sexta-feira (20) na Operação Gota D’Água. A decisão é assinada pelo desembargador Gilbeto Giraldelli. O processo está em segredo de Justiça.
A informação foi confirmada pelo advogado do parlamentar, Rodrigo Araújo. O advogado informou que ele deverá cumprir algumas medidas cautelares, mas não quis informar quais. Pablo Pereira foi afastado do cargo.
A Operação Gota D’Água investiga um suposto esquema de corrupção no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG).
As investigações indicam que o vereador seria um dos líderes do grupo criminoso. Ele tinha como principal função exercer pressão política com a finalidade de fazer valer os objetivos do grupo criminoso.
Diligências revelaram o aparelhamento da Diretoria Comercial do DAE para exploração política do vereador, demonstrando a atuação ordenada de diversos servidores em favor da campanha à reeleição dele, com uso da estrutura pública da autarquia municipal.
Em razão disso, foi determinada a remessa de cópia da investigação para o Ministério Público Eleitoral, para adoção das providências pertinentes.
A operação
No total, foram 11 prisões preventivas, 18 ordens de suspensão do exercício da função pública, 25 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal em endereços vinculados a 22 pessoas investigadas.
A Deccor calcula um prejuízo R$ 11,3 milhões aos cofres públicos, desde 2019. Segundo a Polícia, o montante é referente a prática em que servidores excluíram ilegalmente débitos de consumidores e também diminuíram indevidamente os valores das faturas, mediante recebimento de propina.
Auditoria apontou ainda que o grupo de servidores do DAE-VG teria cobrado valores para realizar serviços que eram devidos aos consumidores.
“Ao que tudo indica, em qualquer ocasião que fosse possível obter valores indevidos em razão da prestação do serviço público de saneamento básico, uma significativa parte dos servidores da Diretoria Comercial do DAE não hesitava em receber os valores ilegais”, diz a Polícia Civil.
Fonte: odocumento