O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pediu nesta terça-feira, 28, que os grevistas da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) cumpram a decisão judicial que determinou que as empresas mantenham um mínimo de profissionais trabalhando, de maneira a garantir os serviços para a população.
“O caminho que temos para lidar com isso é o Judiciário”, disse Tarcísio. “Procuramos individualizar a questão do cumprimento da decisão judicial para tornar mais claro e mostrar quem está cumprindo ou não.”
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Os grevistas desrespeitaram a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que estabeleceu o funcionamento mínimo de 85% do número de trabalhadores na CPTM e 80% do Metrô, nos horários de pico. Nos demais horários, o contingente de ambas as companhias deve ser de 60%. Os porcentuais não estão sendo cumpridos pelo Sindicato dos Metroviários.
No Metrô, por exemplo, das 66 estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, que são estatais, apenas 28 estações estão em funcionamento.
O governador também criticou os sindicatos, que desrespeitaram a determinação e não pagaram as multas impostas pela Justiça. Ele disse que o governo estuda maneiras de punir os grevistas.
“O Judiciário aplica uma multa no sindicato, que alega que não tem dinheiro e não paga”, explicou Tarcísio. “Eles solenemente vêm desrespeitando as decisões. O Judiciário impôs um porcentual, e nós escalamos as pessoas para cumprir a decisão. Se elas não cumprirem, são passíveis de sanção.”
Apenas 25 funcionários da CPTM aprovam greve
Segundo o governo de São Paulo, na assembleia da CPTM, que decidiu pela greve, apenas 25 pessoas aprovaram a paralisação — em um universo de 3 mil trabalhadores. A quantidade representa menos de 1% do total.
Já entre os funcionários do Metrô, 1.285 votaram a favor da greve, enquanto 1.116 foram contrários à paralisação. O Metrô possui 7 mil trabalhadores.
Entre os colaboradores da Sabesp, apenas 140 colaboradores votaram a favor da paralisação em assembleia on-line. No total, mais de 11,3 mil pessoas trabalham na empresa.
“São cerca de 1.200 pessoas que querem paralisar um serviço de transportes que vai atender a mais de 6 milhões de usuários”, afirmou o governador. “Temos de nos perguntar até que ponto é razoável isso. A greve é de 24 horas. E qual vai ser a próxima? Todo mês teremos greve do Metrô? Qual o limite disso?”
Fonte: revistaoeste