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Política

Supremo Tribunal afasta recurso de Moro em caso de calúnia contra Gilmar: o que isso significa?

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A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retirou da pauta o julgamento do recurso do Sergio Moro (União-PR), . Ainda não há nova data para análise do recurso.

Em um vídeo que repercutiu em abril de 2023, o - da Lava Jato brincou que o decano venderia decisões judiciais. “Não, isso é fiança, instituto… para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, disse Moro, em tom de troça, durante uma no Paraná.

O vídeo foi gravado antes de o ex-juiz da Lava Jato se eleger senador, mas o STF entendeu que, pelo fato de a gravação ter vindo a úblico durante o exercício do mandato, a Corte teria competência para julgar o caso.

A previsão era que o julgamento começasse em 4 de outubro no plenário virtual. Nesse tipo de julgamento, os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e o presidente da 1ª Turma, Alexandre de Moraes, apenas publicam seus votos on-line, sem debates.

Em junho, a 1ª Turma recebeu a denúncia da PGR contra Moro, além de concluir que existiam elementos suficientes para a instauração da ação penal. O julgamento do mérito só acontecerá depois da chamada fase de instrução do processo, quando são ouvidas testemunhas e produzidas provas complementares.

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A defesa do senador argumenta que não há provas do envolvimento de Moro na divulgação do vídeo e entrou com o recurso em 11 de setembro para tentar reverter a decisão.

“Requer-se, respeitosamente, seja esclarecida a omissão acerca da existência de alguma prova, ainda que indiciária, na peça acusatória de que o Senador Sérgio Moro foi o responsável ou teve qualquer envolvimento na divulgação do vídeo em 14 de março de 2023, ou mesmo que teve ciência prévia dele”, diz a petição.

O mesmo argumento já havia sido usado pela defesa na tribuna do STF. Na ocasião, a defesa de Moro classificou a fala como “infeliz” e dita “em um ambiente jocoso”, além de afirmar que o senador tem “imenso respeito” pelo decano do Supremo e que não o acusou de vender sentenças.

Paulo Gonet
Paulo Gonet, Procurador-Geral Da República | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na última segunda-feira, 23, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou de forma contrária ao recurso. A ministra Cármen Lúcia, relatora do caso, havia pedido um parecer do órgão, que afirmou que a alegação de omissão quanto à existência ou não de provas é “inviável”.

Para a PGR, , a denúncia está “lastreada em elementos de informação suficientes para demonstrar a prática do fato delituoso, permitindo ao réu conhecer a conduta ilícita a ele imputada, de modo a garantir o livre exercício do contraditório e da ampla defesa”.


, com informações da

Fonte: revistaoeste

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