O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais 14 pessoas, pelo 8 de janeiro, na sessão virtual concluída em 4 de abril. As penas variam entre 13 e 17 anos. Dessa forma, 173 réus que se envolveram no protesto na Praça dos Três Poderes já receberam um veredito da Corte.
Rodrigo Pereira Santiago, de 27 anos, está nessa lista. Em 17 de novembro do ano passado, a informou ao STF que o indígena paranaense de Guarapuava não tem antecedentes criminais. Mesmo assim, o STF o sentenciou a 13 anos de cadeia.
“Ademais, informa-se que ainda não foram identificadas imagens das câmeras de videomonitoramento relativas às condutas específicas dele, assim como não foram encontradas amostras que coincidam com seu perfil genético ou fragmentos de impressão papilar com equivalência com suas individuais datiloscópicas nos prédios dos Poderes da República”, informou a PF, sobre o homem.
Além de Santiago, o mecânico e empresário Miguel Ritter, de 61 anos, vai passar os próximos 14 anos de sua vida detido. Ele é pai da advogada Gabriela Ritter, presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro, que surgiu depois dos protestos e dos julgamentos no STF.
Em meio às condenações dos réus do 8 de janeiro, o STF aguarda a Procuradoria-Geral da República concluir os acordos de não persecução penal com detidos no Quartel-General de Brasília.
Essas pessoas têm direito à negociação, a qual extingue medidas cautelares. No entanto, o réu precisa admitir crimes, pagar multa e fazer um curso em prol da democracia.