O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou, durante uma live na madrugada desta quinta-feira, 2, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou coagi-lo a dar um golpe de Estado. Ele também disse que recusou a proposta, denunciou o ex-presidente e que concedeu entrevista à revista Veja sobre o assunto.
“Eu ficava puto quando me chamavam de bolsonarista. Vocês esperem que vou soltar uma bomba. Sexta-feira vai sair na Veja a tentativa do Bolsonaro de me coagir para que eu pudesse dar um golpe de Estado junto com ele, só para vocês terem ideia. E é lógico que eu denunciei”, disse o parlamentar, na live, cujo trecho foi postado em redes sociais.
🚨 GRAVE: O senador Marcos do Val informa que Bolsonaro o coagiu para a tentativa de um golpe de Estado. Segundo ele, a denúncia sairá na Veja. pic.twitter.com/KAyx3pO1Jp
— Desmentindo Bolsonaro (@desmentindobozo) February 2, 2023
Depois disso, Marcos do Val fez uma postagem no Instagram, afirmando que pretende sair “definitivamente da política”. Disse que, durante quatro anos, se dedicou exclusivamente ao Senado, deixando de conviver com a família, e que pretende pedir afastamento do cargo, para o qual foi eleito em 2018 e cujo mandato, de oito anos, vai até fevereiro de 2026.
“Nos próximos dias, darei entrada no pedido de afastamento do Senado e voltarei para a minha carreira nos EUA”, escreveu o senador. “Não adianta ser transparente, honesto e lutar por um Brasil melhor, sem os ataques e as ofensas que seguem da mesma forma.”
Depois da derrota de Rogério Marinho (PL-RN) na disputa pela presidência do Senado, Marcos do Val foi acusado, com outros senadores, nas redes sociais de “traidor”. Em vídeos postados nas redes sociais, o parlamentar aparece cumprimentando o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Por que Marcos do Val foi dar parabéns a Alcolumbre? Ele é o responsável pela vitória do Pacheco? pic.twitter.com/vqAMEhFJDO
— Kim D. Paim (@kimpaim) February 1, 2023
O senador, que tinha declarado publicamente apoio a Marinho, afirmou que o cumprimento demonstra civilidade e educação. Na live, voltou a afirmar que votou em Marinho e que ser chamado de traidor “vai [atinge] na honra da pessoa”.
Fonte: revistaoeste