O senador (União Brasil-PR) disse, nesta terça-feiram 27, que a Comissão de Segurança Pública do Senado cobrou a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) sobre um cronograma da construção de muralhas em presídios federais.
Mais cedo, o colegiado fez uma audiência secreta para debater a fuga de dois criminosos que aconteceu no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 14 de fevereiro deste ano.
“Querem construir novas muralhas nos presídios que não têm”, disse Moro a jornalistas. “Então precisamos saber um cronograma.” De autoria de Moro, a audiência convidou o secretário Nacional de Política Penal do Ministério da Justiça, André de Albuquerque Garcia; o diretor do Sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona; e o diretor de Inteligência Penitenciária, Sandro Abel Sousa Barradas.
Apenas Garcia compareceu ao encontro. Conforme Moro, será necessário ainda discutir a reestruturação das carreiras de policiais penitenciários federais para que os agentes sejam valorizados e não cooptados pelas organizações criminosas.
“Existe uma necessidade de uma reestruturação da carreira dos policiais penitenciários federais que trabalham entre os piores criminosos do país”, continuou o senador. “Uma atividade de extremo risco. Inclusive, várias vezes policiais já foram assassinados no passado.”
Moro afirmou que o governo petista tem o compromisso de enviar um projeto de lei sobre o tema. “Um ponto importante foi esse compromisso do governo federal de encaminhar um projeto de reestruturação da carreira”, contou.
Como mostrou , trata-se da primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, inaugurado em 2006. Até a publicação desta reportagem, nenhum dos fugitivos havia sido recapturado.
Além de Mossoró, o sistema federal tem presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF). Essas cadeias recebem presos de alta periculosidade.
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”. Conforme o portal G1, ambos são do Acre e têm conexões com o , facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade.
Eles estavam no Presídio Federal de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Autoridades transferiram a dupla para o local depois de ela participar de uma rebelião no presídio Antônio Amaro Alves, no Acre. A rebelião aconteceu em julho de 2023.
Desde a fuga da dupla, a determinação da abertura de inquérito na PF, auxílio da PF e da PRF nas buscas, revisão de protocolos de segurança nos cinco presídios federais e outras. A PF ainda usará drones para capturar os criminosos.
Além disso, Lewandowski determinou o afastamento da atual direção da penitenciária O secretário, contudo, não quis confirmar o nome de Pires.
Fonte: revistaoeste