O governador do Rio Grande do Sul, (PSDB), declarou estado de emergência em saúde pública, em razão do avanço da dengue, na terça-feira 12. Até o momento, são mais de 27,7 mil casos prováveis no Estado, além de 20 mortes pela doença. Outras sete mortes ainda estão sob investigação.
Atualmente, 94% dos municípios do Rio Grande do Sul registraram dengue. A declaração de uma emergência em saúde pública indica um aumento das medidas de prevenção, controle e atenção à saúde, diante do risco epidemiológico para a população.
Conforme a nota da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, o decreto agiliza alguns processos no combate à dengue, como a compra de insumos, medicamentos e vacinas. Além disso, permite que o governo federal destine ao governo gaúcho os recursos específicos para ações de enfrentamento da doença.
De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência no Rio Grande do Sul é de 255,1 casos por 100 mil habitantes. Em todo o país, esse índice está em 780,7.
Tradicionalmente, o Rio Grande do Sul era um Estado com baixa incidência de dengue. A cirgulação do mosquito Aedes aegypti, transportador da doença, se dá em lugares quentes e com adensamento populacional. Como ele precisa de temperaturas elevadas para acelerar a sua reprodução e botar os ovos na água, os Estados mais frios costumavam ter poucos casos.
. A secretaria reforçou que a população deve procurar um atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas, para evitar o agravamento da doença.
De acordo com o último boletim da Organização Pan-Americana de Saúde, ligada à Organização Mundial da Saúde (Opas), a região das Américas encontra-se altamente em risco para a epidemia.
O Brasil registrou 1,5 milhão de casos prováveis de dengue até a segunda-feira, conforme o Ministério da Saúde. O país contabiliza 450 óbitos pela doença e outros 849 em investigação, apenas neste ano.
Cerca de 1,2 milhão de doses contra a dengue foram distribuídas e 286 mil aplicadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que corresponde a 23,2%, segundo a pasta.
Fonte: revistaoeste