O (PT) vive um impasse em relação à corrida eleitoral em Curitiba. Uma parcela dos petistas na capital paranaense resiste em apoiar a candidatura do deputado federal (PSB). A alternativa seria lançar um nome do PT para a disputa.
Essa divisão é motivada pelas conexões passadas de Ducci com o Partido da Social Democracia brasileira (PSDB). Além disso, o deputado votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.
A decisão de Ducci levanta questionamentos sobre sua trajetória política e sua capacidade de unir forças dentro da esquerda.
Em contrapartida, o comando nacional petista já sinalizou que prefere a aliança com o deputado federal. A diretoria do PT avalia Ducci como um nome com mais potencial nas urnas entre as possibilidades do campo da centro-esquerda.
A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou que uma definição deve sair no início de maio.
Além disso, ela defende a aliança com o colega do PSB. Nesse sentido, a líder petista afirma que o apoio faz parte de uma estratégia de reconstrução e fortalecimento de um “campo democrático” no país.
“Se o critério for esse [voto a favor do impeachment], aí eu não posso apoiar ninguém do PSB, que fechou posição na época”, declarou Gleisi. “Geraldo Alckmin também foi nossa oposição e hoje é vice do Lula. .”
Além de Alckmin, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem outros ministros que apoiaram publicamente o processo de impeachment de Dilma. Em poucos anos, andré fufuca (Esporte), Juscelino Filho (Comunicações), André de Paula (Pesca), simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Marina Silva (Meio Ambiente), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e José Múcio (Defesa) .
Luciano Ducci foi vice de Beto Richa (PSDB) na Prefeitura de Curitiba. Ele comandou o Executivo da capital paranaense a partir da renúncia do tucano para disputar o governo paranaense, em 2010. Agora, o socialista tentará voltar ao cargo de prefeito.
Além do deputado federal Luciano Ducci, dois integrantes do PT se colocam como pré-candidatos à Prefeitura de Curitiba: os deputados federais Carol Dartora e zeca dirceu.
O histórico eleitoral do PT na cidade demonstra um cenário desafiador, com a última vez competitiva em 2004, quando Angelo Vanhoni foi derrotado no segundo turno. Em 2020, o partido registrou uma derrota expressiva ao ocupar o oitavo lugar na disputa, com apenas 2,46% dos votos.
Enquanto isso, aproximadamente dez partidos já têm seus pré-candidatos na capital paranaense, com o grupo no poder apostando no atual vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (psd). Ele tem o respaldo do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD).
Fonte: revistaoeste
