Em 85 cidades brasileiras, PT e PL, adversários nacionais, apoiam o mesmo candidato a prefeito nas eleições de 2024. Os dados são do , divulgados na manhã de sexta-feira, 16. Contudo, as informações podem mudar, pois os partidos podem substituir candidatos até 16 de setembro.
O PT, PCdoB e PV, unidos na Federação Brasil da Esperança desde 2022, também se aliam ao PL nessas cidades. A federação partidária une dois ou mais partidos para atuarem como um só por pelo menos quatro anos, dividindo recursos e tempo de TV, além de unificar programas.
Diferente da federação, a coligação é válida apenas para cargos majoritários e pode durar só o período eleitoral. O Maranhão lidera em candidaturas apoiadas por PT e PL, com 22 cidades. Em São Paulo, governado por tarcísio de Freitas (republicanos), ex-ministro de Bolsonaro, segue com 12 municípios. O levantamento foi realizado pelo jornal G1.
Do total de 85 candidaturas, 12 têm candidatos do PL, enquanto em três cidades os candidatos são do PT. Para Marco Antônio Carvalho Teixeira, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, a rivalidade partidária é menos relevante em eleições locais.
“Em eleições municipais, principalmente em cidades menores, a relação de confiança se dá mais pela personalidade do que pela ideologia do candidato”, afirmou Teixeira. Ele também destacou que, para os partidos, “o que importa é a viabilidade de ganhar a eleição. Maximizar o investimento feito naquela candidatura para, se eleito, obter retorno”.
Uma resolução administrativa do PL proíbe coligações regionais com a Federação Brasil da Esperança, que inclui PT, e a federação PSOL-Rede, além de outros partidos de esquerda. O documento prevê medidas disciplinares para quem desrespeitar a norma.
O PL confirmou a validade da resolução, mas não esclareceu o que fará com as candidaturas onde PT e PL estão aliados. Em rede social, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, afirmou que “não existe nenhuma hipótese de coligação com o PT” para as eleições de 2024.
O PT informou que veta candidatos identificados com o bolsonarismo, independentemente do partido. A exceção é para cidades com mais de 100 mil habitantes, onde o veto não será aplicado.
Fonte: revistaoeste
