Na semana passada, os deputados federais Erika Kokay (PT-DF) e Alencar Santana (PT-SP) protocolaram um requerimento para a criação da Frente Parlamentar Mista pela Reestatização da Eletrobras. O movimento começou, depois de o presidente Lula atacar a venda da empresa, durante o governo Bolsonaro.
Em um , o petista chamou a desestatização da companhia de “bandidagem”. Segundo o petista, foi algo “errático” e de “lesa-pátria”. Ele defendeu a revisão do contrato de participação do Executivo nas ações da empresa, para que haja mais representantes da União no conselho diretor.
“Possivelmente, o advogado-geral da União vai à Justiça, para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, anunciou. Lula considerou “irracional” e “maquiavélico” o fato de o governo ter “apenas” 40% das ações, mas só poder participar da direção da empresa como se tivesse 10%. “Nós não podemos aceitar”, disse. “Se amanhã tiver interesse de comprar as ações, as nossas valem três vezes mais do que o valor normal para outro candidato.”
Os ataques de Lula à venda da Eletrobras são antigas e se intensificaram durante a campanha eleitoral. Mas, desta vez, o presidente revelou que o governo deverá se mexer para mudar a dinâmica de sua participação na empresa.
A Eletrobras foi capitalizada em junho de 2022 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, por pouco mais de R$ 30 bilhões. Na época, estabeleceu-se o preço de R$ 42 por ação.
Fonte: revistaoeste