O Psol pediu, neste domingo, 24, a cassação do mandato do deputado federal (União Brasil-RJ). O pedido foi direcionado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
O requerimento surgiu depois que a Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã de hoje, Chiquinho Brazão; o irmão dele, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do rio de Janeiro (tce); e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.
O trio é acusado de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco, em 14 de março de 2018, e o motorista Anderson Gomes. A investigação teve a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
O documento também faz menção à violência contra “mulheres, pessoas do coletivo LGBTI+, negros/as, indígenas, praticantes das religiões de matriz africana e a outros segmentos oprimidos nos espaços de poder e decisão”.
Psol pede a cassação de Chiquinho Brazão by Revista Oeste on Scribd
De acordo com o documento, a cassação de Chiquinho Brazão é uma “necessidade. “A cada dia que o representado (Brazão) continua como deputado federal, é mais um dia de mácula e de mancha na história desta Câmara”, afirma a sigla. “Sua cassação é impositiva: para evitar que ele utilize do cargo para obstruir a justiça, impedindo, assim, o cometimento de outros crimes.”
De acordo com a PF, agentes cumpriram ainda 12 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na cidade do Rio de Janeiro.
O documento possui a assinatura da presidente nacional do Psol, ; dos deputados federais Guilherme Boulos (SP) e Luiza Erundina (SP), entre outros.
Durante coletiva de imprensa deste domingo, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que o assassinato de Marielle tem relação com o enfrentamento dela à grilagem de terras, na zona oeste do Rio.
“A gente não pode dizer, e isso estava nos relatórios, que houve um único e exclusivo fato”, declarou o ministro. “O que há são várias situações que envolvem a vereadora Marielle Franco, que levaram a esse grupo de oposição, envolve também a questão das milícias, disputas de territórios. Precisamos fazer essa análise olhando há seis anos. Havia um cenário e havia uma disputa.”
Fonte: revistaoeste