Sophia @princesinhamt
Política

PSOL denuncia deputado Da Cunha, réu por violência doméstica, ao Conselho de Ética

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O Psol representou contra o Delegado da Cunha (PP-SP) no Conselho de Ética da Câmara, pedindo a cassação do mandato dele. A informação foi divulgada pela deputada federal Fernanda Melchiona (Psol-RS).

“Junto a bancada do Psol, representamos contra o deputado Carlos Alberto Da Cunha no Conselho de Ética da Câmara”, publicou a parlamentar, nesta segunda-feira, 18, no X/Twitter. “Criminosos que atentam contra a vida das mulheres não podem ocupar espaços de poder ou serem representantes do povo. Exigimos que seu mandato seja cassado!”

Em outubro de 2023, o Delegado Da Cunha se tornou réu por violência doméstica e ameaça contra a nutricionista Betina Grusiecki, sua ex-companheira. Eleito com mais de 180 mil votos, o parlamentar também é investigado por enriquecimento ilícito e abuso de autoridade depois de ficar conhecido nas redes sociais com gravações de operações policiais.

À Justiça, Betina relatou ter sido agredida fisicamente e verbalmente pelo Delegado Da Cunha durante um relacionado que durou três anos. O casal discutia frequentemente, conforme ela.

Segundo o Ministério Público, o deputado também causou danos materiais à vítima. O caso foi registrado na 2ª Delegacia da Defesa da Mulher na Zona Sul de São Paulo, como lesão corporal, ameaça, injúria e violência doméstica. A acusação ainda vai a julgamento.

Um vídeo que está anexado às investigações — divulgado pelo Fantástico, da TV Globo, no domingo 17 — mostra o deputado insultando Betina e a ameaçando de morte.

“Vou encher sua cara de tiro”, diz o deputado na gravação. Em outros momentos, é possível ver o rosto da vítima e, em outro trecho, é possível reconhecer a imagem do delegado. É possível ouvir o deputado insultando a então companheira e dizendo que iria matá-la.

A maioria do vídeo é composta apenas por áudio. Segundo Betina, ele havia consumido bebida alcoólica e, em um momento do vídeo, Da Cunha bate com a cabeça dela na parede. “Desmaia aí, desmaia aí”, diz ele.

A agressão aconteceu no apartamento onde ambos moravam em Santos, no litoral paulista, em 13 de outubro de 2023. Conforme Betina, essa foi a última vez que ele bateu nela, pois, no mesmo dia, ela deixou a casa onde o casal morava.

À justiça, Da Cunha negou ter agredido Betina, mas o Instituto Médico Legal confirmou que ela tinha escoriação no couro cabeludo e lesões corporais leves. O parlamentar registrou boletim de ocorrência dizendo ter sido agredido com um secador. O Ministério Público concluiu que Betina agiu em legítima defesa.

Em nota enviada a , Delegado Da Cunha “lamentou” o vazamento do vídeo, admitiu ter agredido verbalmente a ex-companheira, mas negou ter agredido ela fisicamente (Leia a nota completa ao final desta reportagem).

Delegado Da Cunha e Betina se conheceram em 2020, moravam juntos, mas não têm filhos. Ele é pai de duas crianças com outra ex-companheira.

“O Deputado Delegado Da Cunha lamenta o vazamento do material que está apensado ao processo e que corre em segredo de justiça.
Aos fatos:
Da Cunha não nega as agressões verbais mútuas ocorridas em 14 de outubro, fruto de uma ríspida discussão conjugal e, agora, expostas por meio de uma gravação claramente premeditada, mas reafirma que não agrediu fisicamente sua ex-companheira, agindo apenas para conte-la, sendo, ele, sim, atingido de forma violenta, causando-lhe grave ferimento na cabeça.
Portanto, a acusação de agressão física não se sustenta, corroborado, inclusive, pelos exames do Instituto Médico Legal (IML) que não constataram lesões ou marcas em áreas sensíveis do corpo como rosto e pescoço.
Sobre os danos patrimoniais (roupas e óculos) – causados sob forte emoção -, Da Cunha se prontificou, desde o início, a ressarcir tais prejuízos, antes mesmo das medidas protetivas impostas pela Justiça.

Fonte: revistaoeste

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